Desde março de 2019 o Espaço Socialista e o Movimento de Organização Socialista se fundiram em uma só organização, a Emancipação Socialista. Não deixe de ler o nosso Manifesto!

Todo apoio à greve dos professores!


Carta em apoio à greve dos professores da rede pública do Estado de São Paulo – Março 2010

A política educacional ditada pelo Governo federal e aplicadas pelo Governo estadual de São Paulo têm relegado a categoria do professorado à insegurança no emprego e ao risco inclusive de perdê-lo, com a aplicação de provas que dividem a categoria em segmentos, ditam o congelamento do salário e jogam a culpa dos problemas do ensino público nas costas do professor.
O professor eventual, estudante do ensino superior, como muitos de nós, se vê trabalhando nas precárias condições de sempre, sem garantia alguma de renda fixa, dirigindo-se por custeio próprio de escola a escola atrás de aula. É obrigado a ficar tempos trabalhando, tempos não trabalhando, pois o Estado não quer vínculo com este trabalhador, determina que se ele trabalhar 200 dias letivos depois deve ficar afastado do Estado pelos próximos 200 dias corridos.
Caminhando ao lado da destruição dos direitos do professor enquanto trabalhador, as metas do Governo rumam ao corte cada vez maior das verbas públicas destinadas à educação, propondo ações que justifiquem este baixo investimento, como o ensino à distância, a redução do quadro de professores, a redução das áreas de ensino para 4 grandes áreas do conhecimento, medidas estas que lançarão a categoria no abismo do desemprego e tornarão o ensino público de péssima qualidade, genérico, ainda mais excludente do que já é.
O salário do professor de São Paulo é um dos mais baixos dentro da categoria a nível nacional, sendo esse de aproximadamente 7 reais a hora/aula. Há aproximadamente 5 anos que a categoria de professores não recebe aumento salarial.
A questão salarial, nessa campanha é de extrema importância, entretanto, não é a determinante. O governo Serra, através da grande imprensa, diz que os resultados negativos do ensino público são de responsabilidade do professor, quando na realidade são os governos estadual e federal – Serra e Lula – os responsáveis por esse quadro tenebroso.
 Em Assembléia realizada em 17/03 os estudantes da FAFIL reafirmaram seu apoio a greve dos professores, por melhores salários, por melhores condições de trabalho e por investimento público na educação pública.
A luta dos professores traz a luz uma série de perspectivas, pois se vitoriosa mostra o caminho que deve ser seguido por outros servidores do estado e do país, se derrotada imporá dificuldades as outras lutas que virão! É por isso que é importante que cada professor, ainda que seja o único em sua escola (a greve não é por escola, mas em nível de estado), participe da construção, não apenas da greve, mas da vitória que é possível alcançar.
Assim como todo professor deve participar da greve, toda a comunidade deve engajar-se nela. Cada trabalhador ou estudante pode participar, seja auxiliando os professores nas comissões de esclarecimento, seja entregando panfletos nas escolas próximas de suas residências, nas estações, no metrô em outras palavras construir a visibilidade da greve aumentando com isso as possibilidades de vitória. Uma vitória nesta greve é uma vitória da Educação Pública, para esta e para as futuras gerações.
Fazemos um apelo a todos os professores a colocar-se em movimento, participar dos comandos de greve, percorrer as escolas de sua região junto aos companheiros de categoria e construir esta greve, assim também os estudantes universitários de licenciaturas que serão futuros professores.

Convocação para as próximas atividades do Movimento de Greve:
TODOS À ASSEMBLÉIA ESTADUAL DOS PROFESSORES – 6ª FEIRA (26/04)
Assembleia Regional no Paço Municipal de Santo André: Quinta-feira – 14:00 h
HÁ OUTRAS ASSEMBLÉIAS NAS CIDADES DO ABC? DIADEMA? SÃO BERNARDO? SÃO CAETANO DO SUL?
Assembleia Estadual no Palácio do Governo: Sexta-feira – 15:00 h (Ônibus saíra às 12:30 h – Pq Celso Daniel);

Convite: ATIVIDADE NA FAFIL – Fundação Santo André
DEBATE “OS RUMOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO”
5ª Feira, 25/03/2010, as 20horas – NO AUDITÓRIO DA FAFIL (PINICÃO)

 

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Quem é culpado pelas enchentes?

DESCASO DOS GOVERNOS E GANÂNCIA DOS CAPITALISTAS

 

 

Já virou rotina não sabermos como vai terminar nosso dia. Se vamos ter como voltar pra casa ou se as ruas serão alagadas tornando-se rios e lagos invencíveis para carros, ônibus e trens. Quantas vezes ficamos reféns nas estações esperando a liberação dos trilhos?

 

E quem mora na periferia? Tem que conviver com a constante ameaça de ver tudo o que conquistou ser arrastado pelo barranco e ainda por cima ter que ouvir pela televisão que ele não deveria estar ali.. Ora, quem pode escolher não vai querer morar em cima ou embaixo de um barranco ameaçado de deslizamento.

 

É claro que não podemos esperar que os governos controlem as chuvas, mas devemos exigir que sejam tomadas medidas para combater e minimizar as conseqüências de períodos chuvosos e que o povo pobre não seja obrigado a pagar com a vida pela falta de planejamento urbano e pelo lucro dos especuladores imobiliários.

 

Sabemos que a impermeabilização do solo é a principal causa de enchentes, pois a água não pode ser absorvida pelo concreto e pelo tipo de asfalto usado. Isso aconteceu principalmente em antigas áreas de várzea de importantes rios (Tietê, Pinheiros, Tamanduateí, que hoje não passam de esgoto a céu aberto), tomadas por empreendimentos imobiliários como Shoppings e condomínio fechados.

 

Para aumentar esses problemas existem os interesses e a influência das grandes multinacionais, indústrias automobilísticas,que se instalaram no Brasil no século passado e impuseram a desorganização dos transportes baseada nas rodovias e no carro para garantir seus lucros. Tal modelo exige cada vez mais a construção de avenidas asfaltadas, pontes e viadutos, a demolição de prédios e a desapropriação de casas para dar lugar à fluidez do trânsito entupido de automóveis. É esse modelo irracional, voltado apenas para gerar lucro para as indústrias multinacionais, empreiteiras e grandes imobiliárias que impuseram o prolongamento da Av. Faria Lima, no Bairro Pinheiros,e a construção da famosa Ponte Estaiada, onde é proibida a passagem de ônibus. Não é de se admirar que apesar de tantas obras caríssimas o trânsito continua caótico já que não há um verdadeiro compromisso com o transporte público, também entregue à exploração privada, encarecido e de baixa qualidade.

 

A lógica do lucro no planejamento da ocupação do solo permite que a especulação imobiliária encareça os imóveis próximos ao centro e obrigue os trabalhadores a se fixarem longe de seus locais de trabalho. Essa manobra pode ser constatada se observarmos a história dos loteamentos para trabalhadores que ao serem iniciados longe do centro garantiam o encarecimento dos imóveis centrais.

 

É, portanto, essa lógica de geração de lucro ao invés da satisfação das necessidades humanas a responsável pelas enchentes e deslizamentos que tantas vítimas e prejuízos causam aos trabalhadores.

 

Aos trabalhadores só restam os locais mais baratos, ou seja, aqueles que não são os principais alvos da especulação imobiliária: como as encostas, áreas de mananciais, morros e margem dos rios da periferia.

 

O fato é que se a lógica do lucro na ocupação do solo não for quebrada, os trabalhadores continuarão a perder tudo: suas casas e até a vida de seus familiares. Se os casos mais famosos como as enchentes do Jardim Romano e do Jardim Pantanal, na periferia da Zona Leste já duram mais de 3 meses, imaginem as milhares de tragédias anônimas vividas por tantos trabalhadores que ao chegar a suas casas se deparam com uma inundação ou deslizamento.

 

 

O Haiti (também) é aqui

 

Não é difícil percebermos que trabalhador sofre em qualquer lugar. O Haiti é mais uma demonstração, pois a falta de infra-estrutura de emergência, de estradas, de rede de saúde e distribuição de alimentos elevaram o número de mortos do terremoto a 230 mil. As "Forças de Paz" da ONU garantiram a segurança dos ricos de lá enviando soldados armados com fuzis, cacetetes e granadas ao invés de médicos, enfermeiros, remédios e alimentos para viabilizar o mínimo de cuidado ao povo pobre.

 

Tanto lá como aqui percebemos que as maiores vítimas dos desastres naturais sempre são os trabalhadores e quem realmente se preocupa e se solidariza com as vítimas são também os trabalhadores. A cidade de São Luis do Paraitinga, no interior de São Paulo, por exemplo, foi devastada pela chuva e está se reerguendo graças ao apoio dos trabalhadores de outras regiões.

 

 

Para as empresas: ajuda do Estado. Para as vítimas das enchentes e deslizamentos: a culpa pelas desgraças

 

Enquanto as grandes empresas e multinacionais sempre contaram com a ajuda do Estado através de anistia de impostos e financiamento a juros baixo que garantem sua lucratividade, os trabalhadores vítimas de enchentes e deslizamentos são responsabilizados pelos desastres, acusados de entupir os bueiros e de ocupar áreas de riscos como se fossem por lazer, acabam na prática a arcar sozinhos com o custo das desgraças e quando tentam mostrar sua indignação são duramente reprimidos pela polícia, como foi o caso do protesto em frente à Prefeitura de São Paulo que acabou em pancadaria e repressão contra as vítimas de enchente. Como se não bastasse toda a dificuldade porque passam os trabalhadores, a mídia insiste em tentar nos dividir entre quem mora na favela e quem não mora, quem é culpado e quem não é, jogando-nos uns contra os outros para fugir do debate real da causa das enchentes, muito mais profundo que isso.

 

Cada Prefeito e Governador joga a culpa nos outros e nunca faz nada frente a um problema que se repete a cada ano, não estão dispostos a enfrentar o problema pela raiz. Só quebrando a atual lógica do lucro na ocupação urbana e no modelo de transporte poderemos ter ações eficazes para combater as enchentes e deslizamentos e minimizar seus efeitos. Caso contrário, continuaremos com as ruas entupidas de carros, pagando impostos para que se construa mais avenidas, pontes e viadutos, impermeabilizando a cidade com concreto e asfalto e sendo empurrados para ocupar áreas de riscos ou ainda tendo áreas que antigamente eram seguras e livres de enchentes agora tomadas pelas águas.

 

Há milhares de imóveis vazios nas grandes cidades enquanto trabalhadores vivem em áreas de risco e distantes do trabalho. É necessária uma reforma urbana para racionalizar o uso do solo e a ocupação urbana, portanto é preciso:

 

n Expropriar os imóveis ociosos e colocá-los à disposição dos trabalhadores;

 

n Um grande plano de obras que viabilize a construção de moradias populares;

 

n Fim de financiamento público para condomínios de luxo e a utilização dessa verba em moradias populares;

 

n Indenização pública a todas as vítimas de enchentes e deslizamentos;

 

n Casa para quem perdeu a casa nas enchentes e deslizamentos

 

n Isenção de todos os tributos para as vítimas de alagamentos e desmoronamentos;

 

n Por um plano de obras públicas que priorize o saneamento e a despoluição de rios e lagos;

 

n Investimento em transporte público de qualidade que priorize o modelo de transporte coletivo;

 

nContra a repressão e a criminalização dos movimentos das vítimas de enchentes.

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Boletim Espaço Bancário – Março 2010


PUBLICAÇÃO DOS BANCÁRIOS DO ESPAÇO SOCIALISTA – EDIÇÃO BANCO DO BRASIL

O GOVERNO LULA X FUNCIONÁRIOS DO BB

    A CHANTAGEM DA PRIVATIZAÇÃO
    O presidente Lula, acompanhado dos ministros Mantega e Dilma (pré-candidata do PT à sucessão presidencial), esteve reunido com a cúpula do BB por ocasião da divulgação dos lucros de 2009, e no seu discurso os três destacaram a importância do banco como instrumento de combate à crise, enfatizando que "graças a Deus o BB não foi privatizado pelos tucanos".
    Se a crise foi resolvida ou apenas contornada discutiremos em outra oportunidade, pois queremos contestar aqui a chantagem que está sendo feita aos trabalhadores do BB. O PT quer nos transformar em cabos eleitorais de Dilma, com a ameaça de que Serra vai privatizar o BB. Sabemos o quanto foi catastrófico o governo FHC para o BB e para o país de modo geral. Entretanto, o governo Lula deu continuidade às mesmas políticas: privatização (concessões do uso de florestas, reservas de petróleo, rodovias, bancos estaduais, etc.), pagamento da dívida externa, juros estratosféricos, etc.
    No BB, o governo deu continuidade à gestão privatizante, ao modelo de banco comercial voltado para a concorrência com os bancos privados, aplicando a reestruturação de 2007, a reforma estatutária da Cassi, mantendo as metas e o assédio moral, o projeto BB 2.0, etc. Não foram atendidas nossas reivindicações históricas (reposição das perdas, isonomia, PCC/PCS, volta das substituições, etc.) e chegamos ao cúmulo de ter que pagar horas de greve. Só isso já demonstra que o governo e o PT não estão do nosso lado, pois têm praticado uma privatização disfarçada.
    Mas isso não é melhor do que uma privatização escancarada ao estilo do PSDB? Consideramos que a alternativa para os trabalhadores do BB não está entre a privatização disfarçada (PT) e a escancarada (PSDB), e sim em se organizar para lutar CONTRA QUALQUER TIPO DE PRIVATIZAÇÃO.
    Somos oposição ao governo Lula não por considerar que o PSDB é a alternativa, mas porque achamos que a alternativa está na organização independente dos trabalhadores para lutar por seus interesses. Por isso somos oposição à diretoria petista e governista do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Um sindicato jamais pode ser aliado do patrão, que no nosso caso é o governo, seja ele de que partido for. Patrão é sempre patrão, por mais que um dia tenha vestido o macacão de operário.

    PARA QUÊ SERVE O LUCRO DO BB?
    O Banco do Brasil teve um lucro de R$ 10 bilhões em 2009. Se a parcela dos lucros reservada para pagamento da PLR referente ao 2º semestre fosse distribuída igualmente, de maneira linear, cada funcionário deveria receber mais de R$ 8 mil (já incluídos os funcionários da Nossa Caixa). Ora, a grande maioria dos funcionários, PEs, caixas e assistentes, recebeu um valor muito menor, enquanto a cúpula ficou com a parte do leão. Isso serve como mais uma evidência da gestão privatizante, que está fazendo dos gestores parceiros da exploração dos funcionários.
    Indo mais longe, se todo o lucro fosse dividido em partes iguais para os 100 mil funcionários, daria 100 mil reais para cada um. Isso seria o certo, já que toda a riqueza que existe na sociedade foi produzida pelos trabalhadores, e deveria pertencer aos trabalhadores. Mas isso não acontece porque as empresas são propriedade privada de uma pequena minoria de capitalistas.
    Mas e quanto ao BB, que é uma empresa de economia mista, cujo acionista majoritário é o Estado? Para onde vai o lucro gerado pelo banco? Vai para o caixa do Tesouro, onde se junta com o restante da arrecadação e entra no ralo dos pagamentos da interminável dívida pública, que em última análise vai parar nos bolsos dos especuladores do mercado financeiro. Por isso defendemos:
    – reestatização das empresas privatizadas;
    – que os lucros das empresas públicas sejam revertidos em melhoria dos serviços públicos para a maioria da população;
    – que a parte dos resultados a ser distribuída aos funcionários seja paga em parcelas iguais para todos;
    – por um BB que financie os trabalhadore e não as empresas.

    A DECADÊNCIA DO SINDICALISMO PETISTA: O CASO BANCOOP
    O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região já foi exemplo de combatividade, quando liderou grandes greves na década de 1980, época de avanço nas lutas dos trabalhadores e de construção da CUT e do PT como referência de organização da classe. Na década de 1990, sob o pretexto de que o fim da URSS representava o fim do socialismo, essas entidades abandonaram o campo da luta e se tornaram instrumentos auxiliares da gestão do capitalismo.
    Acompanhando essa trajetória, o nosso sindicato se converteu ao peleguismo e se transformou numa espécie de “conglomerado empresarial”, com ramificações como a Bangraf (gráfica equivalente à de um jornal de grande porte), a Bancredi (que faz empréstimos para bancários, num seríssimo conflito de interesses para uma entidade que deveria ter como finalidade lutar pelo aumento dos nossos salários) e também a Bancoop, cooperativa habitacional envolvida há anos num escândalo policial.
    A Bancoop está sendo acusada de arrecadar dinheiro dos cooperados e não entregar os apartamentos, e ainda por cima cobrar valores adicionais sob o pretexto de aumento dos custos. Está em curso uma investigação por conta da suspeita de que o dinheiro tenha sido desviado para campanhas do PT. Três dirigentes da entidade morreram num acidente de carro no interior de Pernambuco em 2004, o que dificulta o esclarecimento e a punição de possíveis crimes (o processo aberto pelo Ministério Público está em: http://www.scribd.com/doc/11291599).
    Aproveitando-se do escândalo, os partidos rivais do PT querem fazer uso eleitoral do caso Bancoop para desgastar a candidatura Dilma. Para nós bancários não interessa a disputa entre partidos acostumados a governar para os poderosos e sim a disputa para recuperar o nosso sindicato para a luta. O caso Bancoop é mais um exemplo de como o sindicalismo petista degenerou e desmoralizou a entidade, depois de 30 anos no seu controle. Por isso defendemos:
    – rodízio dos dirigentes sindicais, com a proibição de reeleições indefinidas;
    – transparência na gestão financeira, nas prestações de contas e nas decisões sobre gastos;
    – fim do imposto sindical e de qualquer financiamento da patronal e do Estado;
    – proporcionalidade na composição da diretoria conforme a votação das chapas;
    – reuniões periódicas e deliberativas de delegados sindicais e representantes de base.

    A DECADÊNCIA DO SINDICALISMO PETISTA: O CASO MARCEL
    O dirigente da ContrafCUT Marcel J. Barros, coordenador da Comissão de Empresa, que representa os funcionários nas negociações com o BB, foi agraciado no início de 2009 com uma comissão equivalente a AP6. Que empenho terá um dirigente sindical em lutar pelo nosso salário quando o seu problema pessoal foi resolvido?
    O comissionamento de dirigentes sindicais é um atentado contra a organização independente dos trabalhadores. Por isso defendemos a escolha dos representantes dos trabalhadores nas negociações diretamente em assembléias de base, contra a sua indicação “biônica” por burocratas sindicais que estão há anos afastados do dia a dia do trabalhador.
    Como parte da luta pela organização independente dos trabalhadores, defendemos na reunião dos Delegados Sindicais do BB de São Paulo, Osasco e Região, em 24/02/2010, a seguinte moção, que foi assinada por 20 representantes de base:
    “Queremos que o senhor Secretário Geral da CONTRAF-CUT, MARCEL JUVINIANO BARROS deixe qualquer fórum que envolva negociação dos interesses dos bancários frente  aos banqueiros e ao governo tendo em vista que o sindicalista, sem estar trabalhando, foi nomeado a cargo de confiança (AP6) do Banco do Brasil.”

QUEM SOMOS
    O Espaço Socialista é uma organização formada por trabalhadores para a intervenção na luta de classes e tem como objetivo a construção do socialismo. Consideramos que “a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” (Marx) e defendemos a necessidade de elevar a consciência dos trabalhadores, resgatar os métodos da democracia operária, garantir a participação das bases, retomar a formação teórica e política, e combater a burocratização dos sindicatos e outros organismos de luta. Para conhecer em detalhe nossas idéias, visite www.espacosocialista.org ou escreva para espacosocialista@hotmail.com. Venha conosco construir uma sociedade socialista! Venha construir o Espaço Socialista!

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Convite O marxismo como alternativa revolucionária – março 2010


ESPAÇO SOCIALISTA
Convida para o debate
Crise econômica, destruição ambiental,
desemprego, machismo, racismo,
homofobias, salários miseráveis…
Não estamos entre aqueles que opinam
que são fenômenos naturais. Para nós essas
questões são resultado de um sistema que
para existir precisa impor sobre a
humanidade todos esses problemas.
Provavelmente muitos pensam a mesma
coisa, mas se pergunta: há alguma saída? Há
uma alternativa ao capitalismo?
Para nós sim. O socialismo é a única
alternativa para a humanidade. Mas também
sabemos que, pela ação de alguns países e
“lideres”, que se dizem socialistas, muitas
pessoas também não vêem no socialismo
DIA: 13 de março (sábado)
HORÁRIO: 16 horas e 30 minutos
LOCAL: sala 36 (Fafil)
uma alternativa. Esses países e esses lideres
na verdade deturparam o que é o socialismo
e até mesmo o que é marxismo. Uma
falsidade que tem custado caro ao
socialismo e a todos os revolucionários.
Por isso entendemos que é necessário
expor qual é o pensamento e o método de
Marx e que o socialismo (na forma que
Marx propôs) e o marxismo é a única
alternativa para a humanidade por fim a
toda forma de exploração e opressão.
Para conhecer um pouco de nossas
posições e de nossas lutas venha participar
do debate O MARXISMO COMO
A L T E R N A T I V A
REVOLUCIONÁRIA

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Tese para o Congresso Nacional de Estudantes – Junho 2009


ESTUDANTES E TRABALHADORES UNIDOS NA LUTA

Nossa proposta com o presente documento é contribuir para o debate sobre os rumos, necessidades e desafios do  movimento Estudantil (ME) que, por ocasião do Congresso Nacional de Estudantes, tem um momento privilegiado devido à possibilidade de reunir estudantes de todas as regiões do Brasil independentes das entidades governistas e por ser uma oportunidade de armar o ME de um instrumento capacitado política e ideologicamente a fazer frente aos ataques que o Estado, através de suas esferas federal, estadual e municipal, com o auxílio da UNE, UBES e UEE’s, vem desferindo contra todos os níveis da educação e que visam garantir a lucratividade do capital privado investido tanto nas universidades pagas quanto no uso da estrutura pública para pesquisa e produção de conhecimento aplicado a produtos e serviços a serem ofertados no mercado.

O Movimento Estudantil numa conjuntura de crise econômica mundial

O fato central da realidade mundial é a atual vigência de uma crise de reprodução do capital que extrapola os limites das repetidas crises periódicas. É em resposta a essa crise que o Estado brasileiro irá impulsionar as mais diversas ações na busca de uma linha ascendente para a lucratividade do capital.

A atual crise tem suas raízes nos anos 70, quando o capitalismo voltou a manifestar a tendência à queda da taxa de lucro e a crise de superprodução nos países da Europa e nos EUA. Os mecanismos de intervenção estatal e o incentivo ao consumo das massas demonstraram-se insuficientes para deslocar mais uma vez as contradições inerentes ao sistema capitalista. O último choque de liberalização econômica iniciado por Ronald Reagan nos EUA, Margaret Tatcher na Inglaterra e que aportou e se desenvolveu no Brasil com Collor, FHC e Lula esgotou suas possibilidades tanto econômicas quanto políticas com o estouro da bolha imobiliária estadunidense, a falência do atual modelo de crédito, o inicio de um novo ciclo de lutas dos trabalhadores latino-americanos  questionando a aplicação do receituário neoliberal e buscando novas formas de controle sobre a riqueza produzidas em seus países.

Outro elemento da atual crise econômica é uma conseqüência da aplicação da tecnologia à produção e a formação de um mercado mundial globalizado e realmente integrado. Dessa forma a capacidade de produção foi multiplicada e o desemprego deixou de ser reserva de mão de obra para se tornar estrutural. Pela primeira vez na história da humanidade todos os países do globo estão interligados na cadeia de produção e consumo do sistema capitalista. Não há mais novos mercados a conquistar, não há mais novos exércitos de mão de obra a serem anexados, não há mais mercados consumidores a serem integrados. Mas a pior característica da atual fase do capitalismo é que mesmo que houvesse novos mercados de mão de obra, matéria prima ou consumo, não há como manter os níveis de consumo nos padrões estadunidenses sem comprometer a reprodução material das espécies vivas de nosso planeta.

O que essa crise tem como característica marcante, e que não se poderá desenvolver neste texto, é o fato de que ela perpassa vários níveis da realidade social, entrelaçando fenômenos econômicos, sociais, políticos e culturais de longa duração. O atual momento do capitalismo expressa: 1º uma crise econômica estrutural, 2º o esgotamento do padrão de acumulação, 3º a crise do modelo neoliberal, 4º o esgotamento do último ciclo periódico, 5º a crise política-ideológica da utopia burguesa do “fim da história”, 6º a crise política-administrativa da forma estado enquanto instância de controle social, 7º a crise ambiental, 8º a crise energética e a crise alimentar.
É esse conjunto de elementos combinados interagindo entre si que faz do atual momento do capitalismo algo que vai muito além de uma simples crise econômica, mas que se configura como uma crise de reprodução da vida em sociedade, na verdade, o momento histórico pelo qual passamos assume a gravidade de ser uma crise civilizacional.

O Movimento Estudantil e a luta por uma concepção de Educação

É na atual conjuntura de crise estrutural do capital que devemos nos localizar para iniciar uma discussão a respeito do que interessa ao ME. A educação, como qualquer outra esfera da vida no capitalismo, assume cada vez mais o sentido de mercadoria. A lucratividade na educação privada, aliada à redução de custos em todos os níveis no ensino público, dão a tônica das políticas aplicadas ao setor.

É esse pano de fundo que justifica que os gestores do Estado, de um lado, dêem condições para que a educação se torne cada vez mais uma mercadoria lucrativa, e de outro, se combine a possibilidade de aplicar a produção científica gerada nos centros públicos de excelência para desenvolver novos produtos, além de utilizar a escola nas periferias como forma de conter a revolta dos jovens que serão parte do exército de desempregados estruturais e que somente encontrarão atividades precarizadas e de baixa renda. Nessa missão, o Estado conta com a participação das entidades estudantis oficiais (UNE, UBES), com o financiamento de órgãos internacionais e com diversas ONG’s que fazem propaganda dos limites da vida na periferia como único espaço de sociabilidade viável e desejada, contribuindo para que os horizontes da juventude da periferia nunca alcancem os equipamentos culturais diversificados que somente existem no centro, como museus, teatro, cinemas, praças públicas e as praias das cidades litorâneas.

É em oposição ao projeto de educação atualmente encaminhado pelo Estado brasileiro que devemos construir uma concepção de educação que permita aplicar o conhecimento gerado nos espaços acadêmicos para solucionar as necessidades das maiores camadas da população que não tem acesso garantido à saúde, educação de qualidade e a moradia e garantir a utilização racional e antipredatória dos recursos naturais.

Precisamos contrapor ao projeto burguês de uma classe que vive da extração da riqueza, um projeto da classe que produz a riqueza, um projeto da classe trabalhadora. Pois, com a crise econômica capitalista a tendência é que se aprofundem os ataques à educação, com cortes de verbas e mais precarização das escolas/universidades, o que coloca para nós a necessidade de apresentarmos um programa que responda a essa crise e também coloque para os estudantes que só poderemos ter uma educação de qualidade e a serviço da humanidade com o socialismo.   

A crise da educação é portanto o reflexo da crise da sociedade capitalista. Não é mais possível construir um ME que não responda a esses problemas estruturais. Necessitamos de um ME que lute pelas questões especificas da educação, mas que, necessariamente, faça delas uma ponte para a luta pelo socialismo.

O ataque à educação (reformas universitárias, corte de verba) é um processo mundial e não ocorre somente no Brasil. São medidas promovidas por toda espécie de governo comprometido com a lucratividade do capital e inclusive engloba a maioria dos países imperialistas. A explicação de que o governo Lula é o responsável pela situação da educação é apenas uma “meia verdade” e contém uma limitação teórica e política que pode comprometer nossa luta, pois não deixa evidente quais são os nossos inimigos. É preciso uma explicação que permita aos estudantes compreenderem que Lula é responsável, não só porque ele é um traidor, mas porque ele aplica uma política do capitalismo.

Trata-se de apontarmos uma perspectiva socialista para a nossa luta.

Se o movimento não der esse salto na consciência e combinar as lutas contra os governos e seus planos de plantão (luta imediata) com uma luta anticapitalista estamos fadados ao fracasso e vamos passar a vida inteira lutando contra esse ou aquele plano do governo.

A escola e sobretudo a universidade (pública e privada) estão a serviço da produção e reprodução de valores da burguesia, onde o conhecimento se transforma em mercadoria. A oferta de um tipo de educação aos trabalhadores voltada unicamente para as necessidades do mercado combinada com a exclusão dos trabalhadores dos principais  cursos de excelência obedece à lógica de privação do conhecimento e de manter afastada a única classe que pode modificar o rumo da educação e realmente universalizá-la. Por isso torna-se fundamental que denunciemos esse modelo e ao mesmo tempo lutemos para que a educação se volte para os interesses dos trabalhadores.

A negação desse modelo de universidade significa que o papel dos revolucionários (estudantes, funcionários e professores) deve estar voltado para denunciar qualquer proposta de educação que não rompa com os limites impostos à educação pelo capitalismo, ao mesmo tempo que discuta e propague as idéias socialistas. Portanto, a nossa atuação deve superar o academicismo que se preocupa única e exclusivamente com o “umbigo” da escola.

Para nós um movimento estudantil que se pretende ser novo deve em primeiro lugar lutar por uma educação sob controle e a serviço da classe trabalhadora, única classe capaz de produzir um conhecimento coletivo à serviço da humanidade.

O Movimento Estudantil e trabalhadores: Uma aliança estratégica

Um projeto dessa magnitude precisará mobilizar amplos setores da sociedade, pois qualquer projeto alternativo aos interesses da burguesia irá enfrentar a oposição organizada dessa classe, isso portanto inviabiliza a possibilidade desse projeto ser elaborado somente pelos acadêmicos ou mesmo pelos intelectuais orgânicos da classe trabalhadora ou ainda por um ou outro partido ou organização. A construção de um projeto de educação a serviço das necessidades humanas somente será possível na convergência dos esforços de todos os setores envolvidos com a educação e das organizações dos trabalhadores que se mobilizarão na defesa de melhores condições de trabalho, salário e emprego para fazer frente aos ataques dos mais diversos governos e patrões da rede privada.

Somente a articulação das camadas que ainda não tiveram acesso ao ensino de qualidade, dos trabalhadores e profissionais da educação, dos estudantes e suas ferramentas de luta (grêmios, C.As, D.A’s, D.C.E’s) bem como da comunidade que utiliza as escolas e universidades poderá apontar uma ação eficaz contra a lógica do capital de seguir transformando a educação em mercadoria e a escola de periferia em depósito de desempregados estruturais.

Propostas para unir o Movimento Estudantil à lutas gerais e específicas dos Trabalhadores

Ao considerarmos a profundidade da atual crise capitalista que vivemos e sabendo que as soluções criadas pelo capital e instrumentalizadas pelo Estado sempre resultam no aumento da exploração daqueles que produzem a riqueza e na mercantilização de todos os aspectos da vida concluímos que qualquer ação de qualquer segmento da sociedade na luta pela defesa de seus interesses fatalmente esbarrará nos limites impostos e encadeados pela lógica própria da reprodução do capital em um momento de crise. Isso significa que o ME precisará estar cada vez mais próximo às lutas da classe trabalhadora Para tanto propomos:

1.Defesa da qualidade de ensino nos seus três níveis. Melhores salários e condições de trabalho para os professores, melhores instalações e recursos materiais (laboratórios, bibliotecas, material didático, etc.), fim da progressão automática, fim do ensino religioso nas escolas, inclusão obrigatória das disciplinas de educação sexual, filosofia, sociologia, psicologia, história e cultura da África e da América Latina;

2.Proporcionalidade nos processos seletivos, que os trabalhadores e seus filhos ocupem em todos os níveis de educação a mesma proporção que existe na sociedade;

3.Cotas proporcionais para negros e indígenas em todas as esferas da educação;

4.Educação em período integral (8h), com investimento financeiro que propicie um ensino e equipamentos de qualidade, combinado com atividades culturais e de lazer;

5.Gestão paritária. Que os alunos tenham possibilidade real de interferir na construção do conteúdo que estudam nas escolas e faculdades;

6.Implementação da lei 10639, que institui a obrigatoriedade do ensino de História e Literatura Africanas em todas as escolas e universidades, bem como a história de resistência dos negros na África, no Brasil e no mundo;

7.Redução da jornada de trabalho do jovem para 06 horas/diárias;

8.Que os estágios deixem de ser forma de precarizar o trabalho do jovem. Direito trabalhista para o estagiário;

9.Fiscalização dos estágios por organismos de base do movimento estudantil;

10.Mínimo do Dieese como referência salarial a ser aplicado ao cálculo da remuneração proporcional dos estágios;

11.Creches públicas, gratuitas, com qualidade educacional. Funcionamento 24 horas e fins-de-semana. Nos locais de trabalho e estudo;

12.Fim do pagamento da dívida externa. Que se invista as riquezas produzidas pelo povo brasileiro para resolver os problemas do povo brasileiro.

É cedo para uma nova entidade estudantil, organizar os estudantes pela base

Sendo assim as organizações estudantis deverão unificar suas ações com todos os setores envolvidos na luta contra o desemprego, pela defesa de direitos historicamente conquistados e pela preservação do meio ambiente.

Por entendermos a construção do ME sob essa dinâmica e por acreditarmos que de sua atuação deve sair decisões que gerem soluções para os diversos desafios que enfrentamos, somos contra que o próximo Congresso Nacional de Estudantes termine oficializando uma nova entidade dos estudantes. Defendemos que, no primeiro momento, esse Congresso aponte um calendário de encontros locais e regionais para estruturar o ME combativo pela base e ligado às lutas concretas dos trabalhadores.

Propomos a generalização de fóruns de debates e decisões em nível local e regional como forma de impulsionar a construção de uma concepção de educação alternativa à da lucratividade do capital e de avançar na unidade dos estudantes com os trabalhadores e suas lutas. Dessa forma poderemos elaborar as reivindicações em conjunto com as organizações e entidades dos trabalhadores para acumularmos força para resistir e vencer os enfrentamentos que virão. É partindo dessa organização de base que acreditamos ser possível, num futuro próximo, a construção de um instrumento representativo dos estudantes em nível nacional dotado política e ideologicamente de uma concepção de educação a serviço das necessidades humanas e de um projeto capaz de, em aliança com os trabalhadores em luta, propor saídas para a atual crise capitalista que beneficie quem cria as riquezas na sociedade e não somente quem as consome.

FUNCIONAMENTO DO CONGRESSO

A tradição do movimento social (estudantil, popular e sindical) dirigido pela esquerda sempre foi de privilegiar os debates e as discussões com os delegados. No entanto os últimos congressos, coordenados pelo PSTU, abandonaram essa prática e têm secundarizado os debates, privilegiando a formação de mesas, onde alguns “iluminados”, em forma de palestras, substituem os debates. O erro grave dessa concepção é que reproduz no movimento uma prática da academia e da universidade burguesa, em que os “professores” falam e sequer podem ser questionados. Um exemplo dessa prática é que metade do Congresso será composto de mesas e painéis.

Além de reproduzir o formato da universidade burguesa há o fato, também grave, de utilizar esses painéis e mesas de discussão para que dirigentes do PSTU e de seus aliados apresentem o partido para os delegados e participantes, ou seja, utiliza um fórum do movimento em benefício do partido. Método que deve ser excluído do nosso cotidiano.

Defendemos um congresso que priorize os debates e as reflexões dos delegados eleitos em suas escolas/universidades, de modo que possam defender as posições que foram discutidas nas assembléias/eleições de delegados.

Quem somos: O Espaço Socialista é uma organização formada por trabalhadores para a intervenção na luta de classes e tem como objetivo a construção do socialismo. Entendemos que a luta contra o capitalismo é uma tarefa não apenas das organizações de esquerda, mas do conjunto da classe, pois, “a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores” (Marx). Por isso, defendemos a necessidade de elevar a consciência dos trabalhadores, lutando para resgatar os métodos da democracia operária, garantir a participação, retomar a formação teórica e política, e combater a burocratização dos sindicatos, e outros organismos de luta da classe. Para conhecer em detalhes nossas idéias visite www.espacosocialista.org ou entre em contato com espacosocialista@hotmail.com
 

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