Desde março de 2019 o Espaço Socialista e o Movimento de Organização Socialista se fundiram em uma só organização, a Emancipação Socialista. Não deixe de ler o nosso Manifesto!

Nota do Espaço Socialista em repúdio à internação compulsória

07/08/2011


            Durante meses temos visto a mídia burguesa tentando horrorizar o povo por meio de seus noticiários, especiais e demais programas apelativos e invasivos abordando a população de rua usuária de crack e de outras drogas, inclusive crianças e adolescentes e selecionando cenas do cotidiano da cracolândia paulista, veiculando assim imagens que mostram somente recortes da vida daquelas pessoas em seus piores momentos, como se elas não tivessem vida para além daqueles instantes, muito menos vontade própria.

            Por trás dessa falsa preocupação da burguesia e de seu Estado com a vida dessas pessoas em situação de risco, os governos estão criando a política de internação compulsória, retirando pessoas à força das ruas e internando em clínicas de reabilitação. Uma análise mais profunda dessa política é necessária para que se entenda a sua verdadeira motivação, que é a de defender interesses meramente econômicos e políticos de uma minoria.

            Para fingir que se importam e ao mesmo tempo firmarem suas alianças com a burguesia, os governos favorecem um setor específico dela, os proprietários de clínicas de reabilitação. Em São Paulo, antes mesmo de consultar o povo e os trabalhadores do serviço social, os contratos com as clínicas de reabilitação já estão fechados e as brechas na lei estudadas, mostrando claramente que o interesse da burguesia em lucrar com a situação se sobrepõe a qualquer suposta preocupação com o povo das ruas.

            Os projetos de revitalização do centro novo de São Paulo já mostram há tempos a que vieram. A internação compulsória representa também mais uma das políticas higienistas que visam “limpar” o centro da cidade, abrindo espaço para a especulação imobiliária e o aproveitamento lucrativo daquelas áreas atualmente consideradas pelos empresários como subaproveitadas. Sabemos também que os grandes centros urbanos do país se preparam para ser uma vitrine do Brasil perante o mundo para a Copa e as Olimpíadas, e a presença dos moradores de rua não ajuda o governo a esconder a desigualdade social.

            No Rio de Janeiro a política já está sendo aplicada e o que vemos são policiais de armas em punho retirando moradores de rua à força e indiscriminadamente dos locais em que se encontram, inclusive impondo-lhes um toque de recolher, de modo que qualquer criança ou adolescente encontrada na rua à noite pode ser capturada. Voltamos aos ditames semelhantes à época da ditadura militar.

            A contradição entre discurso e prática é tão nítida que a política de internação compulsória alega querer resolver um problema social mas o faz na base da violência e ignorando os motivos pelos quais uma pessoa por exemplo chega ao ponto de frequentar a  cracolândia. Essas crianças e adolescentes moradores das ruas, alvo da política de internação compulsória, são ex-moradores das periferias, filhos de trabalhadores, e já sofreram anteriormente em suas casas violências, abuso sexual, privações materiais, vários tipos de exploração e uma série de outras violações de seus direitos fundamentais; são, portanto, produto da miséria que alimenta a sociedade capitalista. Forçá-los a uma internação e depois jogá-los novamente nas ruas ou em suas antigas casas não tira de suas vidas a miséria e as consequentes violências que a acompanham, obrigando-os a retomarem o ciclo de sobrevivência anterior, que inclui o uso de drogas, o tráfico, o roubo e a prostituição e as ruas como moradia.

            A mídia tenta jogar a população trabalhadora contra os usuários de droga moradores de rua, animalizando sua imagem na televisão e generalizando seu comportamento, atribuindo-lhes um padrão violento de comportamento e apontando o roubo como uma suposta prática sistemática dessa população. Ambos são mentiras, pois é científicamente provado que o crack, por exemplo, não desencadeia comportamentos violentos no usuário e quem conhece a vida destas crianças e adolescentes sabe que nas ruas o roubo é muito menos praticado como meio de vida e de sustentar o vício do que a mendiçância e a prostituição, por exemplo.

            Sabemos que o município de São Paulo tem uma rede de assitência social que funciona muito mal, na base de parcerias com ONGs, pautada no emprego de postos precarizados de trabalho e com uma estrutura enxuta e insuficiente, e que não será dado respaldo algum a essas crianças e adolescentes depois que saírem das clínicas. Sabemos também que o Estado não oferecerá garantias de uma vida melhor a estas crianças após o tratamento, não oferecerá moradia, nem trabalho, nem escola de qualidade, nem nada, reservando a eles a mesma miséria de antes da internação. É necessário humanizar o tratamento aos dependentes de drogas, mas para isso seria preciso que tivéssemos uma assistência social muito melhor equipada, o que não está nos planos da burguesia.

            A abordagem sistemática e insistente da mídia a temas relacionados à questão evidencia uma tentativa de convencer os trabalhadores a legitimar esta internação complusória e jogá-los contra o povo morador das ruas. Políticas autoritárias como estas não servem aos trabalhadores e são manifestações que mostram que as tendências de ultradireita estão retomando a força e esta é mais um exemplo da série. A prioridade dos governos burgueses é reativar a economia capitalista, que no nível mundial não saiu da crise. No Brasil, o governo e os patrões não querem permitir qualquer sinal de rebeldia ou insatisfação. Os trabalhadores terão que ser disciplinados à força, se preciso. A repressão é ferramenta da burguesia e só a ela serve, aos trabalhadores ela só vitimiza e massacra.

            Não somos defensores das drogas e encaramos seu uso por estas crianças e adolescentes nas ruas como produto da miséria societal capitalista da qual são vítimas. O capitalismo vive da exploração da classe trabalhadora pela burguesia e o povo das ruas nem a esta exploração serve, portanto é tratado com mais brutalidade ainda, é mais criminalizado e massacrado. Nós, trabalhadores, não podemos legitimar este massacre, e por isso mostramos nosso total repúdio à política de internação compulsória. Pelo fim da internação complusória no Rio de Janeiro e pela não aprovação em São Paulo e em nenhum lugar do país! Pela garantia de moradia digna, por salário digno, por sistemas de saúde e educação públicos, gratuitos e de qualidade para todos, para que ninguém tenha que viver nas ruas! Em defesa da vida dos moradores de rua e da classe trabalhadora, na luta por uma sociedade sem violência e exploração, pela construção de uma sociedade socialista!

Espaço Socialista

Agosto de 2011

 

 

 

 

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Nota sobre o 1º encontro do movimento de mulheres em luta do ABCDMRR

 

O I Encontro do MML ABCDMRR ocorreu no dia 24 de novembro de 2012, na subsede APEOESP Santo André, contou com a participação de cerca de 40 companheiras, antecedendo o Dia Latino Americano e Caribenho de Luta contra a Violência à Mulher.

A partir de Informes Políticos sobre a situação da mulher na sociedade capitalista e do atual momento da luta de classes, debatemos vários elementos de análise da atual realidade em crise e a necessidade de intensificarmos a nossa organização, inclusive na região.

Propomos (através desta) ao Movimento de Mulheres em Luta Nacional/Estadual a construção de um 08 de Março (Dia Internacional de Luta da Mulher) de luta, classista, anticapitalista, com outras organizações de esquerda e independente do governo, ou seja, não com as organizações e entidades que defendem o governo Dilma, que corta verbas essências para a luta da mulher.

Aprovamos uma luta ampla por creche na região, incorporando a iniciativa das diversas companheiras, juntamente com a campanha por mais creche pública, gratuita e de qualidade vinculada à discussão sobre Educação (10% do PIB já, déficit de vagas, contra a municipalização do ensino, etc.).

Também aprovamos a Campanha contra a violência à mulher vinculada a luta por mais Delegacias da Mulher com funcionamento 24 h e finais de semana, por mais casas-abrigo, concurso público específico para Delegadas; aplicação e ampliação da Lei Maria da Penha; Campanha contra o Acordo Coletivo Especial (ACE) que aprofunda a precarização e a intensificação do trabalho ligada à luta contra o assédio moral e sexual e à luta por trabalho igual, salário igual, ligada intensamente à questão da mulher negra; Campanha pela descriminalização e legalização do aborto ligada ao esclarecimento sobre o número de mortes de mulheres, contra o novo código penal, pelo direito da mulher decidir sobre o seu próprio corpo, por hospitais públicos preparados para esse atendimento; Buscaremos organizar a discussão LGBT voltada à questão das mulheres lésbicas; a discussão sobre a luta antimanicomial e a situação das mulheres encarceradas e em situação de rua. Buscaremos também elaborar cartilha sobre a situação da mulher, a ser aprovada no próximo Encontro.

Utilizaremos os meios sociais para divulgação das campanhas e para apresentação das discussões realizadas, bem como cartas abertas, panfletagens, boletins, cartilhas, etc. para esclarecimento à população e nas frentes de atuação sobre as várias formas de violência contra a mulher e a necessidade de organizarmo-nos. O primeiro material deverá apresentar o balanço do Encontro.

Aprovamos Moção de Apoio e Solidariedade às estudantes em luta na FAPSS; Moção de Apoio e Solidariedade aos trabalhadores e estudantes da PUC em greve; Moção de Apoio e Solidariedade aos estudantes perseguidos e/ou processados da Fundação Santo André; Moção de Repúdio contra a Sabesp pela demissão da trabalhadora transexual e Moção de Apoio e Solidariedade à trabalhadora com solicitação de posicionamento ao SINTAEMA.

Para 2013, além de outras iniciativas, o MML ABCDMRR buscará organizar juntamente com as estudantes em luta da FAPSS, uma plenária, por ocasião do 08 de Março e impulsionará atividades na Fundação Santo André e outras faculdades, entidades, etc.

A Executiva, composta proporcionalmente por sete companheiras, deverá encaminhar as propostas do I Encontro do MML ABCDMRR e elaborar proposta de sustentação financeira do Movimento na região.

O próximo Encontro do MML ABCDMRR também deverá ser em uma cidade centralizada da região.

Saudamos a todas as participantes e ao vitorioso I Encontro do MML ABCDMRR!

Santo André, 25 de Novembro de 2012.

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Novas denúncias sobre o mensalão

Contra a corrupção, uma luta anti-capitalista!

 

Há alguns meses o país foi tomado por uma overdose de notícias e comentários sobre o julgamento do chamado “mensalão”. Figuras históricas do PT e componentes do alto escalão do primeiro mandato de Lula foram condenados no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo crime de subornar parlamentares para aprovar medidas que interessavam ao governo (entre elas a Reforma da Previdência, o Supersimples e outros ataques aos trabalhadores), num escândalo que eclodiu em 2005 e que somente agora chegou definitivamente aos tribunais. A mídia deu amplo destaque ao julgamento e ao anúncio das condenações e penas. O tom dos comentários era de que o país estava sendo passado a limpo e se livrando dos corruptos. Os juízes do STF foram transformados em heróis nacionais, e os partidos adversários do PT, como PSDB e outros oportunistas, tentaram explorar o episódio nas eleições municipais.

Agora, um dos operadores do esquema do mensalão, o publicitário Marcos Valério, a quem se atribui a autoria do mecanismo que desviava os pagamentos mensais aos parlamentares (o chamado “valerioduto”) veio a público envolver o próprio ex-presidente Lula. Segundo Marcos Valério o ex-presidente estava ciente de todo o esquema e teve até despesas pessoais pagas com o mesmo dinheiro usado nas propinas, o qual, segundo o PT, provinha de sobras de campanha eleitoral. As afirmações de Lula na época, de que “não sabia de nada”, se tornaram parte do folclore político nacional, mas nem o mensalão nem os sucessivos escândalos de corrupção nos seus dois mandatos “colaram” na sua imagem. A maioria do eleitorado seguiu votando no PT, por identificar na figura de Lula o responsável por supostas melhorias no país. Setores da oposição burguesa liderados pelo PSDB e acompanhados pela mídia em peso (Globo, Veja, Folha, etc.) simplesmente não se conformam com as vitórias eleitorais do PT e querem destruir o prestígio de Lula, que não só elegeu sua sucessora com relativa facilidade como saiu do governo com a maior popularidade da história. O objetivo da campanha da oposição burguesa e da mídia é enfraquecer ainda mais o PT e suas figuras históricas e inviabilizar a possibilidade de que Lula queira retornar em 2014 ou 2018, abrindo espaço para outro representante da burguesia.

Essa nova rodada de denúncias sobre o caso do mensalão podem significar talvez uma divisão entre setores da burguesia em torno de quem seria o pessoal político preferencial para administrar o Brasil, o PT ou seus concorrentes. As últimas declarações do bicheiro Carlos Cachoeira, alvo de uma CPI à parte e de Marcos Valério mostram como o PT está atolado na lama do poder e virou refém de bandidos. Fica claro o preço que o partido está pagando para ter o controle do aparato estatal. Os acordos que o partido teve que fazer para manter esse controle levam a uma direitização cada vez maior. Uma vez que optou por governar para a burguesia, o PT se enreda nas suas armadilhas. O seu principal instrumento de relação com os trabalhadores, a CUT, ao invés de desencadear lutas de interesse da classe, serve para manter os trabalhadores em silêncio.

Apesar de todo esse desgaste, não acreditamos que o PT vá perder de imediato a sua influência perante os trabalhadores. Também não acreditamos que o PT deixe de ser a opção preferencial da burguesia para gestão do país, pois essa relação privilegiada com os trabalhadores ainda é necessária para a burguesia, para que não haja grandes lutas como resultado da deterioração da situação econômica e social do país. Ainda que não seja capaz de derrubar o prestígio de Lula e do PT ou mesmo enfraquecer o governo Dilma, as sucessivas denúncias de corrupção servem para manter o PT com as “rédeas curtas”, pressionado a fazer mais e mais favores ao capital. Essas denúncias não significam que o regime da democracia burguesa esteja em crise no Brasil, devido a um conflito entre o judiciário, legislativo e o executivo. Acreditar que o regime está em crise poderia levar à conclusão de que o sistema está enfraquecido e seria incapaz de desencadear ataques sobre os trabalhadores, o que seria um grave erro de avaliação. A disputa nas cúpulas do regime não enfraquece a capacidade do governo de agir e seguir aplicando o projeto da burguesia. Dilma segue tocando os negócios do Estado como se “não fosse com ela”, mantendo uma distância olímpica das questões despertadas pelas denúncias de corrupção, e cumprindo o seu papel de governar para o capital. Acreditar que o regime está em crise poderia também, por outro lado, fortalecer discursos de extrema-direita, ameaçando os direitos democráticos já conquistados historicamente pelos trabalhadores.

Na época do julgamento do mensalão, antes mesmo que as denúncias recaíssem sobre Lula, nós do Espaço Socialista publicamos uma nota onde afirmamos que: “Toda vez que um esquema de corrupção é descoberto muitos políticos juram inocência e dizem que ‘é preciso acabar com a corrupção’; dizem que ‘é preciso ter ética na política’ e que ‘é preciso passar o Brasil a limpo’. Só que, a cada dia que passa, o problema só piora, pois agora todos os partidos – governistas e da oposição burguesa (PT, PMDB, PSDB, PC do B, DEM, PP, PRP, etc)- estão envolvidos. Nenhum escapa.”

“O PT, que carrega o nome de partido ‘dos trabalhadores’, por muitos anos disse ser contra a corrupção e defender os trabalhadores, fez a opção de governar sem romper com o capitalismo e a dominação dos ricos e poderosos. Com isso, acabou aceitando a contribuição de empresas para suas campanhas. Daí foi um passo para que os políticos eleitos pelo PT passassem a beneficiar as empresas e esquecer as promessas de campanha. É por isso que as organizações dos trabalhadores devem ser sustentadas pelos próprios trabalhadores e devem lutar para destruir todo o Estado atual e suas instituições, executivo, legislativo, judiciário, forças armadas, etc., que são usadas contra nós, e susbtituí-las por organizações controladas pelos próprios trabalhadores. Chega desse Estado que serve aos patrões e ainda por cima rouba parte do dinheiro que produzimos com nosso trabalho!”

“O problema da corrupção não é simplesmente das pessoas que ocupam os cargos públicos, o que seria possível resolver apenas trocando essas pessoas. Nem é apenas um problema do partido que está no poder, pois já se revezaram vários partidos no governo e todos eles estão envolvidos em algum caso de corrupção. Antes era PSDB e DEM, agora é PT e PMDB. São farinhas diferentes. Umas mais refinadas; outras, mais grosseiras. Mas, no final das contas, são farinhas do mesmo saco. Todas essas maracutaias constituem o próprio modo de funcionamento das instituições do Estado burguês e elas só serão resolvidas definitivamente quando os trabalhadores tomarem o poder político e econômico da sociedade. Para acabar com a corrupção, não podemos ter ilusões nem no judiciário nem nas CPI´s do Congresso. Não podemos ficar esperando que o congresso nacional e suas CPI’s que sempre acabam em pizza ou mesmo que o judiciário acabe com a corrupção. Para acabar com a corrupção é preciso que nós trabalhadores nos mobilizemos para exigir medidas concretas ”

Essas afirmações são diariamente confirmadas por novas revelações, que agora envolvem a principal figura da história do PT, o ex-presidente Lula. Desde a primeira eleição de Lula em 2002 denunciamos a passagem do PT para o lado da burguesia e fizemos oposição ao seu governo. Na verdade, os princípios classistas e a defesa dos interesses dos trabalhadores já haviam sido abandonados pelo PT desde a década de 1990, para não falar de um projeto anti-capitalista e socialista, que o partido nunca incorporou de fato. A coligação com partidos burgueses, a aceitação de doações de empresas para campanhas eleitorais, as administrações municipais e estaduais e os mandatos parlamentares em que já se aplicavam políticas contrárias aos trabalhadores e favoráveis à patronal, a prática generalizada da corrupção, a perda de combatividade da CUT e sua burocratização, etc., já eram traços característicos do PT há muitos anos. Os mandatos de Lula, com seus favores aos banqueiros, latifundiários, industriais, seus escândalos de corrupção, foram o auge desse processo.
Somos oposição ao PT de Lula e Dilma e também ao bloco liderado pelo PSDB e a mídia. Este bloco não tem um projeto muito diferente para o país daquele que está sendo aplicado pelo PT. Apenas querem um controle maior sobre a máquina do Estado e as rendas da corrupção, hoje sob o domínio do PT. O debate colocado pelo bloco de oposição burguesa gira em torno do tema da corrupção, com o discurso de que o PT é corrupto e eles fariam uma gestão melhor. Mas na verdade o problema do país não é apenas o fato de haver uma gestão mais corrupta ou menos corrupta, o problema é o conjunto do projeto a que essa gestão se refere. A política é tratada como se o problema decisivo fosse uma gestão mais competente e honesta, mas na verdade o problema é o próprio projeto que se está gerindo. A opinião pública é mantida na expectativa de que surja esse gestor mais competente e honesto, mas na verdade o que é preciso é modificar globalmente o projeto, inclusive para acabar com a corrupção.

Tanto o PT quanto o PSDB têm como projeto tornar o Brasil viável para o grande capital, às custas dos sacrifícios impostos aos trabalhadores. Para isso, é preciso desviar grandes quantias de dinheiro público para as empresas, por meio de empréstimos a juros subsidiados, isenção fiscal, pacotes de obras públicas (em que o governo entra com o investimento e a iniciativa privada fica com os lucros), etc. Como parte dessa política, acaba de ser anunciado um pacote que favorece a construção civil, justamente um dos setores que mais lucraram nos governos do PT. Além disso, é preciso retirar o dinheiro que iria atender as necessidades dos trabalhadores, como a saúde, a educação, transporte, saneamento, etc. Como se não bastasse, há ataques ainda mais diretos. Por iniciativa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, o mesmo que deu projeção à Lula e foi um dos pilares da fundação da CUT, está sendo proposto o Acordo Coletivo Especial – ACE, que permite aos sindicatos assinar acordos abaixo daquilo que está garantido na CLT. Se esse projeto for aprovado, abrem-se as portas para que os sindicatos hoje aliados da patronal, como os da CUT, Força Sindical, CTB, etc., assinem acordos retirando direitos históricos dos trabalhadores, como 13º, férias, adicional sobre horas-extras, descanso semanal, jornada de oito horas, etc. Por aí se percebe o quanto o projeto que está sendo aplicado no pais só se sustenta por meio de favores às empresas e ataques aos trabalhadores.

Esses ataques não consistem apenas de medidas como o ACE, mas de uma ofensiva geral de repressão, que é aplicada, principalmente, pelo Poder Judiciário, o mesmo que é comandado pelo STF. O judiciário colabora com o governo e as empresas ao julgar ilegais as greves, impor multas aos sindicatos, punir os grevistas, manifestantes, ativistas e militantes. Trabalhadores e estudantes que não concordam com as imposições do Estado e dos patrões são punidos com condenações judiciais, demissões, processos administrativos, expulsões, de maneira arbitrária, em processos cheios de falhas, mas que são validados pelo judiciário. Quando trabalhadores recorrem à ação direta para lutar por seus direitos, a polícia ataca primeiro e o judiciário vem em seguida legitimar a repressão. Os componentes do STF não são heróis nacionais que lutam contra a corrupção, são defensores do sistema que diariamente explora e oprime os trabalhadores, são os mesmos que favorecem os patrões em ações contra os trabalhadores, os mesmos que inocentam rotineiramente quadrilhas de corruptos que roubam dinheiro público, acobertam crimes de colarinho branco, etc. O STF é parte do sistema, e o judiciário é tão inimigo dos trabalhadores quanto o executivo e o legislativo. O Estado, já dizia o Manifesto Comunista há mais de 160 anos, é um comitê gestor dos negócios da burguesia. Ainda que os diversos partidos disputem entre si o poder, usando a mídia e acusações de corrupção uns contra os outros, todos estão unificados em defesa dos interesses da classe patronal. Tanto o PT de Lula e Dilma quanto aqueles que o denunciam no PSDB e na mídia, etc., têm acordo geral com o projeto que está sendo aplicado no país. Sua divergência é pelo controle do Estado, e tão somente.

Existe um setor que, diante dos ataques da mídia e do PSDB contra Lula e o PT, dizem que é necessário defender o “processo de mudança”, as “conquistas” dos trabalhadores e a estabilidade do governo Dilma, contra a ofensiva da direita golpista. Somos contra esse discurso, pois entendemos que a única defesa dos interesses dos trabalhadores está na sua organização e mobilização independente. Há muito tempo o PT deixou de ser um instrumento dos trabalhadores e como governo tem se esmerado em defender os interesses do capital. A relação que o PT desenvolve com os trabalhadores não é de organização, mobilização e conscientização, mas de instrumentalização. Tanto os trabalhadores mais precarizados, desempregados, etc., atendidos via programas de bolsas, como os setores mais organizados (metalúrgicos, bancários, petroleiros, correios, funcionários públicos, professores, etc.) são tratados não como sujeitos capazes de formular suas próprias reivindicações e obtê-las por meio da luta, mas como objetos passivos, que devem ser tutelados pela burocracia petista, no Estado ou nos sindicatos, e muito agradecidamente votar nos candidatos petistas. É este o papel que o PT reserva aos trabalhadores, o de seus eleitores, não o de sujeitos ativos e conscientes que tomam as questões nas próprias mãos. Nesse sentido, não se pode falar em “conquistas dos trabalhadores” nos governos do PT, pois o que houve não foi mais do que o aumento do consumo, baseado no crédito, da população em geral (igualando “mais consumo” a “mais qualidade de vida” e abandonando reivindicações históricas como educação e saúde públicas e de qualidade) e uma distribuição de míseras migalhas para a população mais pobre, administradas sem sacrificar a prioridade que é o pagamento da dívida pública (50% do orçamento). Esse tipo de relação não serve para o desenvolvimento da consciência e organização dos trabalhadores contra os ataques que estão sendo desencadeados. As conquistas dos trabalhadores somente são possíveis por meio da sua organização e mobilização independente.

Diante de tudo isso, ainda que tenhamos noção de que a corrupção só acabará com o fim do capitalismo e por meio de um processo massivo de mobilização, defendemos as seguintes medidas imediatas contra a corrupção:

• Prisão de todos os corruptos e corruptores, bem como devolução das verbas obtidas ilicitamente;
• Corte imediato de todos os privilégios. Redução dos salários dos políticos ao nível do salário médio dos trabalhadores do país;
• Revogabilidade dos mandatos. Destituição dos parlamentares que, a qualquer tempo, votem medidas que prejudiquem os trabalhadores e a população mais pobre;
• Tempo igual na televisão para todos os partidos políticos. Contra a Reforma Política que pretende deixar apenas os partidos da burguesia;

 

Espaço socialista, dezembro de 2012

 

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Cadeia para todos os corruptos

CORRUPÇÃO É MARCA DO PODER CAPITALISTA!

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Todos os dias ouvimos falar de um novo caso de corrupção. É mensalão, Carlinhos Cachoeira, mensalão do PT, mensalão do DEM, mensalão do PSDB; é venda de sentenças no judiciário, policiais corruptos, deputados acusados de lavagem de dinheiro na Suíça, compra de apoio no congresso nacional e nas assembleias legislativas, licitações fraudadas no Metrô São Paulo, empresas que dão dinheiro para político… enfim, são tantos casos que uma página não dá para listar todos eles.

Mesmo não sendo o maior problema do orçamento brasileiro (o maior é o pagamento de juros para rolagem da Dívida – número próximo a R$ 670 bilhões), são mais de 60 bilhões de reais todos os anos que vão para a corrupção. Dinheiro que poderia ser utilizado em saúde, educação e outros benefícios sociais.

Mas a utilização indevida de dinheiro público não pára por aí. O financiamento das campanhas eleitorais pelas empresas também é parte desse esquema, pois o dinheiro que doam para as campanhas eleitorais retorna para as mesmas empresas com a distribuição de obras ou mesmo quando os políticos votam leis que as beneficiem.

As empreiteiras e os bancos, por exemplo, são os maiores financiadores das campanhas, doam muito dinheiro para todos os partidos. Depois “ganham” muitas obras para recuperar esse dinheiro e ganhar muito mais do que “doaram”.

O Judiciário não condena os ricos

O STF está “julgando o mensalão”. Serão 30 dias de um espetáculo na mídia, mas cujo final já conhecemos: vai acabar em pizza, como todas as outras “investigações” dos casos de corrupção deste país.

Vão livrar o governo Dilma, vão livrar os deputados e os partidos responsáveis por tanta corrupção. O mais provável é que se condenem alguns “laranjas”, que fizeram a parte prática do esquema, enquanto que os verdadeiros culpados, os mentores do esquema, seus mandantes, saiam impunes.

E quando há alguma raríssima condenação por corrupção nenhum ladrão de dinheiro público vai parar atrás das grades. Nesse imenso país, não há um condenado e preso por crime de “colarinho branco”. Estão todos livres, praticando corrupção ou ensinando outros a fazer.

Também não se tem notícias de que um centavo que foi roubado pelos corruptos tenha sido devolvido aos cofres públicos.

A impunidade acontece porque o judiciário é conivente e trata todos esses corruptos com privilégio e morosidade, concede inúmeros meios de defesa que os demais réus não têm, o que faz com que muitos crimes terminem prescrevendo (passam do prazo para condenar).

Só os pobres são condenados pelo judiciário, pois, quando se trata de julgar questões que interessam aos trabalhadores, o judiciário não tem dúvida: fica contra os trabalhadores.

É esse mesmo judiciário que deixa impune a corrupção que persegue os que lutam por uma vida melhor. É assim com os julgamentos que estão proibindo as greves (no Metrô de São Paulo obrigaram a trabalharem 100% durante a greve, um absurdo, já que nem fora da greve 100% dos trens funcionam), com a imposição de multas aos sindicatos e com o desconto dos dias parados. Algumas dessas medidas nem a ditadura militar teve coragem de adotar.

A corrupção faz parte do sistema capitalista

Toda vez que um esquema de corrupção é descoberto muitos políticos juram inocência e dizem que "é preciso acabar com a corrupção"; dizem que "é preciso ter ética na política" e que "é preciso passar o Brasil a limpo". Só que, a cada dia que passa, o problema só piora, pois agora todos os partidos – governistas e da oposição burguesa (PT, PMDB, PSDB, PC do B, DEM, PP, PRP, etc)- estão envolvidos. Nenhum escapa.

O PT, que carrega o nome de partido “dos trabalhadores”, por muitos anos disse ser contra a corrupção e defender os trabalhadores, fez a opção de governar sem romper com o capitalismo e a dominação dos ricos e poderosos. Com isso, acabou aceitando a contribuição de empresas para suas campanhas. Daí foi um passo para que os políticos eleitos pelo PT passassem a beneficiar as empresas e esquecer as promessas de campanha. É por isso que as organizações dos trabalhadores devem ser sustentadas pelos próprios trabalhadores e devem lutar para destruir todo o Estado atual e suas instituições, executivo, legislativo, judiciário, forças armadas, etc., que são usadas contra nós, e susbtituí-las por organizações controladas pelos próprios trabalhadores. Chega desse Estado que serve aos patrões e ainda por cima rouba parte do dinheiro que produzimos com nosso trabalho!

O problema da corrupção não é simplesmente das pessoas que ocupam os cargos públicos, o que seria possível resolver apenas trocando essas pessoas. Nem é apenas um problema do partido que está no poder, pois já se revezaram vários partidos no governo e todos eles estão envolvidos em algum caso de corrupção. Antes era PSDB e DEM, agora é PT e PMDB. São farinhas diferentes. Umas mais refinadas; outras, mais grosseiras. Mas, no final das contas, são farinhas do mesmo saco.

Todas essas maracutaias constituem o próprio modo de funcionamento das instituições do Estado burguês e elas só serão resolvidas definitivamente quando os trabalhadores tomarem o poder político e econômico da sociedade.

Para acabar com a corrupção, não podemos ter ilusões nem no judiciário nem nas CPI´s do Congresso. Não podemos ficar esperando que o congresso nacional e suas CPI’s que sempre acabam em pizza ou mesmo que o judiciário acabe com a corrupção. Para acabar com a corrupção é preciso que nós trabalhadores nos mobilizemos para exigir medidas concretas, como:

· Prisão de todos os corruptos e corruptores, bem como devolução das verbas obtidas ilicitamente;

· Corte imediato de todos os privilégios! Redução dos salários dos políticos ao nível do salário médio dos trabalhadores do país;

· Revogabilidade dos mandatos. Destituição dos parlamentares que, a qualquer tempo, votem medidas que prejudiquem os trabalhadores;

· Abertura de todas as contas de campanha eleitoral;

· Tempo igual na televisão para todos os partidos políticos. Contra a Reforma Política que pretende deixar apenas os partidos da burguesia;

 

 

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Pedimos seu apoio e solidariedade aos estudantes em luta na Fundação Santo André

A Fundação Santo André, não diferente das demais instituições de ensino superior públicas e privadas, vem passando, já há muitos anos, por um processo de rebaixamento da qualidade de seus cursos, visando sua adequação ao mercado. Este processo vem acompanhado de medidas privatistas e de higienização, como a ameaça da colocação de catracas, de privatização do estacionamento (em pleno espaço público!) e a inflexibilidade da reitoria ao não negociar as mensalidades. Esta última medida resulta em toneladas de processos nas costas dos estudantes inadimplentes, que têm recebido frequentemente a visita de oficiais de justiça em suas casas e têm tido suas contas bancárias bloqueadas, passando por cima da necessidade de garantir a permanência do estudante na universidade.

A atual gestão da reitoria tem acumulado impopularidade por meio de diversos ataques desferidos contra a comunidade acadêmica. Para que não haja contestação na aplicação de um projeto de universidade que só favorece os interesses de uma minoria, a reitoria tem agido de forma autoritária: marginalizou e fechou espaços de representação e luta dos estudantes por não serem convenientes aos seus desmandos, a ameaça permanente de fechamento dos cursos de licenciatura (responsáveis pelo respeito que a instituição goza na região), a colocação de grades e catracas criando obstáculos do acesso da população a um espaço público e, por fim, a proposta de privatização do espaço de estacionamento.

O Diretório Acadêmico da FAFIL, que é um histórico aglutinador da resistência, com papel de destaque na luta pela remoção do corrupto reitor anterior, teve sua sede emparedada na virada do ano de 2011 para 2012, na calada das férias, sendo este ato ilegal e ilegítimo, sendo que há décadas as entidades estudantis funcionavam neste espaço.

A reitoria alega que o DA não existe formalmente, mas isso não a impede de processar integrantes desse mesmo DA, numa flagrante contradição que expõe os interesses obscuros da reitoria. Nem a ditadura militar exigia registro das entidades estudantis em cartórios para o reconhecimento das mesmas.
Os estudantes estão em luta contra esses atos unilaterais e autoritários. Mas a cada tentativa de organização estudantil, a reitoria abre sindicâncias contra os ativistas, muitas vezes quando nem sequer estão na universidade. Atualmente, diversos estudantes estão sofrendo sindicância, instauradas arbitrariamente pela reitoria da FSA e, não por coincidência, são todos lutadores que têm participado da organização dos demais estudantes contra os problemas cotidianos da universidade e questionado o modelo de gestão adotado pela atual reitoria.

Inclusive já foram impostas penalidades sem nem ao menos ter sido garantido o direito elementar à defesa e ao contraditório.

A utilização das sindicâncias é evidentemente um recurso dos que, no ambiente acadêmico, não tem argumentos amparados pela razão e pelos preceitos democráticos.

Professores também já foram desligados e estão sendo processados. A Associação dos docentes da FSA denunciou em uma carta aberta a perseguição a vários professores que tem algum questionamento.

As perseguições e a repressão aos que lutam têm o objetivo de tentar impedir a livre organização e a circulação de ideias próprias de um ambiente em que, por sua essência, deveria ter circulação livre e, inclusive, incentivadas como parte da formação de homens e mulheres livres e críticos. Entendemos as sindicâncias e processos administrativos em curso na FSA como parte de um processo maior de criminalização dos movimentos sociais e de organizações de trabalhadores, como a prisão de 73 estudantes na USP, os processos administrativos a estudantes e funcionários, a repressão, violência e prisão dos estudantes da UNIFESP Guarulhos, a repressão aos diversos movimentos de luta por moradia no último período.

Repudiamos a tentativa da reitoria da Fundação Santo André de reprimir o movimento estudantil ao qual toda a sociedade brasileira– e inclusive a Fundação Santo André, por terem sido protagonista na luta contra a gestão anterior- tem um dívida histórica.

A Fundação Santo André, que desde a sua constituição pela Poder Público Municipal de Santo André, sempre esteve na linha de frente da luta pelo desenvolvimento da democracia e do ensino público, não merece estes atos de perseguição patrocinada por uma reitoria que, inclusive, foi vítima de perseguição na gestão anterior.
Essas são as razões de nos solidarizarmos de forma inconteste aos estudantes e professores da Fundação Santo André que estão sendo perseguidos, seja por sindicância, seja por qualquer outro artifício. A nossa mais veemente repulsa a toda e qualquer tipo de perseguição aos que lutam por uma universidade pública e de qualidade e acima de tudo democrática.

Seguem abaixo os locais onde precisamos que seja enviada a moção. Pedimos que enviem com cópia ao e-mail contraaperseguicaopolitica@hotmail.com para nosso controle:

Patrícia Maria Sanvto Moroni – Curadora das Fundações de Santo André – psanvito@mp.sp.gov.br
Reitoria da Fundação Santo André – reitoria@fsa.br
Diretorias da Fundação Santo André – fafil@fsa.br; faeco@fsa.br; faeng@fsa.br
Pro-reitoria de Graduação da FUndação SAnto André – prograd@fsa.br
Corregedoria do Ministério Público do Estado de São Paulo – cgmp@mp.sp.gov.br
Nosso controle: contraaperseguicaopolitica@hotmail.com

 

 Quem já manifestou apoio assinando a moção:

 

1-Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo – SINTRAJUD;

2-Coordenação Geral do Sindicato dos Servidores das Instituições Federais de Ensino Superior do ABC – SinSIFES-ABC;

3-Edmundo Fernandes Dias;

4-SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE BAURU E REGIÃO / CSP CONLUTAS;

5-Oposição Alternativa-APEOESP;

6-ADUNESP
ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNESP;

7- Secretaria Nacional CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular;

8-DIREÇÃO DO SINDICATO DOS METALÚRGICOS DE SÃO
JOSÉ DOS CAMPOS E REGIÃO;

9-Secretaria Geral do Sindppd/RS;

10-SINTUSP – Sindicato dos Trabalhadores da USP;

11-SINTSEF/RN – Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal do Rio Grande do Norte;

12-Edson Bueno de Camargo – Escritor – pedagogo – poeta;

13-Denis de Oliveira Pinho – Desenhista;

14-Fabiano Calixto (professor, escritor, mestre em teoria literária e literatura comparada pela Universidade de São Paulo);

15- Gabriel Pedrosa, professor universitário;

16-Jornal Brado Informativo – Grupo de Estudos Filosofia da Práxis;

17-Diretoria da Regional SP do ANDES-SN;

18-APEOESP

19- André Luis de Oliveira Almeida

20- CSP – Conlutas e Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL)

21- Márcio Castro

22- Ricardo Alvarez – professor

23 – Michel P.

24 – Alexandre Silva

25 – Movimento Mulheres em Luta ABCDMRR

26 -Centro Acadêmico de Serviços Sociais da Unesp de Franca

 

 

 

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