Desde março de 2019 o Espaço Socialista e o Movimento de Organização Socialista se fundiram em uma só organização, a Emancipação Socialista. Não deixe de ler o nosso Manifesto!

Novo Pinheirinho Santo André: Não aceitaremos a desocupação!


Há quase dois meses o acampamento Novo Pinheirinho de Santo André se formou no Jd. Teles de Menezes e somos mais de 1.000 famílias vivendo embaixo de lonas e lutando por moradia digna.

                       

O prefeito Aidan não está respeitando a Lei 8.869/2006 porque não desapropria terrenos vazios que são utilizados para esconder carros roubados, desovar cadáveres e causar insegurança.

           

E também não aplica a lei em favor dos moradores de baixa renda. Esse terreno é uma área especial para construir moradias para quem tem renda de 0 a 3 salários mínimos e estava a mais de 10 anos sem uso adequado.


Na região do ABC, 3 em cada 10 famílias não têm casa, enquanto outros possuem mais do que o necessário. Em Santo André são mais de 20 mil habitantes sem teto.

 

Em 4 anos a Prefeitura construiu pouquíssimas casas populares, o que não resolve o problema de moradia.

 

Já falamos com os deputados na Assembleia Legislativa. Já falamos com o Alckmin no Palácio dos Bandeirantes e com os assessores do Aidan, que até agora não nos recebeu pessoalmente e age com descaso.

 

A CDHU e o Ministério das Cidades também precisam colaborar e atender o que foi acordado nas reuniões. O governo estadual (Alckmin) e o governo federal (Dilma) têm responsabilidade sobre a falta de moradia da população.

 

Não podemos continuar sem uma solução para o nosso problema de moradia!

 

Somos mais de 300 crianças, mulheres grávidas, idosos, centenas de trabalhadoras e trabalhadores que merecemos moradia digna!

 

Queremos Moradia digna! Desapropriação já!

Não aceitaremos banho de sangue! Não aceitaremos o despejo!

Todos sabemos que a polícia age com muita violência contra os pobres e contra os que lutam e não aceitam as injustiças. Temos os exemplos das desocupações de São José dos Campos e de Carapicuíba.

 

O Alckmin deu a ordem e a PM usou até tanque de guerra e helicóptero contra os trabalhadores dessas ocupações, enquanto isso os corruptos e os deputados envolvidos com mensalão, Cachoeira e desvio de verbas enriquecem com nosso dinheiro e ficam livres.

 

A prefeitura e o juiz da 5ª vara de Santo André devem utilizar os instrumentos jurídicos e políticos para que possamos construir nossas casas. Esse terreno é uma ZEIS B (Zona Especial de Interesse Social) e não está cumprindo a sua função. Moradia é direito! Ocupar é dever!

 

COMITÊ DE APOIO E SOLIDARIEDADE


A solidariedade dos trabalhadores é fundamental para a nossa luta, pois estamos tendo a coragem de enfrentar o problema da falta de moradia e os governos que não resolvem a nossa questão.


No ABC temos locais para arrecadação de alimentos, brinquedos, roupas, etc.: Em Santo André: APEOESP (Gertrudes de Lima, nº 244, Centro), São Bernardo: APEOESP (Av. Prestes Maia, nº 233, Centro; Na Ocupação: Travessa da Rua Capitanias, s/nº, Teles de Menezes).


Contatos MTST/ABC: Maria 8155-2983 ou Rosa 6458-0704 www.mtst.org


 

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TODO APOIO AOS TRABALHADORES SEM MORADIA DA OCUPAÇÃO TELES DE MENEZES/SANTA CRISTINA EM SANTO ANDRÉ

Nós, professores da rede pública estadual, Subsede Santo André, apoiamos a luta por moradia digna como um direito resguardado pela Constituição Federal a todo cidadão brasileiro.

Apoiamos essa ocupação porque entendemos que são legítimas as necessidades da população de baixa renda e sua disposição para lutar por melhores condições de vida.

Hoje, Santo André possui um déficit habitacional em que mais de 20.000 famílias não possuem moradia. A prefeitura tem uma previsão de entrega até o fim de 2012 de apenas 3.122 casas ou apartamentos. No entanto, até agora foram entregues apenas 924 (DGABC 09/03/2012).

Esse terreno, com cerca de 50.000 m², pertencente a um único proprietário, é classificado como Zona Especial de Interesse Social, ou seja, terreno baldio ou subutilizado que deve ser utilizado para a produção de moradias para a habitação de interesse social.
No início do mês de março cerca de 700 famílias ocuparam a área. Uma semana depois já são 1300 famílias. Isso expressa a falta de uma política habitacional no país que atenda a real necessidade da população que não pára de crescer.
São mulheres, crianças e demais trabalhadores que possuem baixos salários com a necessidade e o sonho da casa própria.
No decorrer da semana os trabalhadores sem teto buscaram dialogar com o proprietário e a prefeitura no intuito de que o poder público interceda a fim de adquirir o terreno e firme parceria com a CDHU. Essa proposta possibilita a aquisição de imóvel com o valor de pagamento mensal de acordo com a renda per capita familiar.
No entanto, o proprietário já entrou com o pedido de reintegração de posse e no momento aguarda-se a decisão judicial. Não queremos que ocorra em Santo André o massacre ocorrido em São José dos Campos, no bairro Pinheirinho. Queremos que a prefeitura de Santo André intermedeie essa negociação, pois é responsável juntamente com o governo do estado e o governo federal pela falta de moradia na cidade, e que o juiz que acompanha o caso, conhecedor da realidade local, se utilize da legislação para fazer justiça em prol dos trabalhadores sem moradia e não determine nenhuma ação violenta

– Por moradia digna a todos os trabalhadores!
– Contra todo tipo de repressão à luta dos trabalhadores!
– Por melhores condições de vida, trabalho e salário digno!
– Por mais verba federal, estadual e municipal para moradia!
– Que não tenhamos nenhuma trabalhadora, nenhum trabalhador e nenhuma criança sem teto!
– Por mais verba pública para os serviços públicos!

APEOESP – Subsede Santo André – 10 de Março 2012 – Reunião de Representantes de Escola

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ALGUMAS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER SOB O CAPITALISMO

Iraci Lacerda e Thais Helena

 

Em uma sociedade capitalista, os critérios de produção, suas prioridades e particularidades têm como objetivo garantir que se extraia o maior lucro possível de cada atividade. Esse lucro é pautado na exploração massiva do trabalho de uma maioria desvalida, que será revertido em posses e em qualidade de vida para somente uma minoria da população, a burguesia.
Nesse tipo de funcionamento nascem e crescem seres humanos que se habituam às desigualdades geradas pelo modo de produção e acabam por perpetuar, nos demais âmbitos de suas vidas, relações sociais tão desumanas quanto.
Agravadas pelas inúmeras carências e misérias materiais geradas pelo capitalismo, para além de uma cultura e de costumes já enraizados, essas relações desumanas se perpetuam também individualmente como forma de suprir necessidades não garantidas pelo Estado ou como forma do indivíduo manifestar problemas.

Em uma sociedade em que a família é estruturada patriarcalmente – e no momento em que voltamos a ouvir a exaltação “dos bons costumes da família brasileira e da propriedade privada” – é atribuída ao homem valoração social não somente diferente, mas superior àquela atribuida à mulher. A educação de homens e mulheres, em pleno século XXI, ainda é diferenciada. Enquanto a mulher sofre a pressão para ser ora delicada e submissa ora forte e independente, o homem é educado para ser o dono de si.

Prega-se uma superioridade supostamente inerente ao homem, construída historicamente, o que procura legitimar a submissão feminina e assim justificar a opressão da mulher, mesmo com todos os discursos de que as mulheres estão se tornando cada vez mais independentes e ocupando espaços até então masculinos.

Essa relação de poder entre sexos é transposta para a relação de posse estabelecida no âmbito das relações pessoais e sustenta, junto com as demais estruturas sociais, a opressão.
A crueldade de 10 mulheres serem mortas por dia ou de a cada 02 minutos 05 mulheres serem espancadas no Brasil (www.luluzinhacamp.com) não pode ser dissociada desse contexto, pois a violência acaba sendo uma das formas de exercício do poder masculino e é observada como mediadora das relações entre mulheres e homens como meio de garantir a subordinação das primeiras aos segundos.

A INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA QUE MALTRATA


A ampla divulgação da independência financeira da mulher, além da necessidade de ser bastante relativizada, deve ser analisada também nesse contexto opressor, pois suporta índices reveladores, segundo Relatório IBGE 2011: a) O rendimento médio da mulher é 70% menor que o do homem, mesmo atingindo maior nível de escolaridade; b) A proporção de famílias cuja referência é a mulher subiu, sendo que 36,6% dessas famílias vivem com apenas dois salários mínimos; c) O desemprego entre as mulheres atinge 14,7% contra 9,5% entre os homens. d) Quase 1/3 das mulheres entre 15 e 24 anos já têm filho(s); e) Os matrimônios legais declinaram e as separações conjugais aumentaram.

Embora apresente desigualdade nas regiões, há uma demonstração clara de que o homem ainda recebe, em geral, salários mais altos e é eximido culturalmente da responsabilidade de cuidar dos filhos. Sem tratarmos de questões que envolvem diretamente os afazeres domésticos. Todos esses números são ainda mais desiguais quando nos referimos às mulheres negras da classe trabalhadora.

Isso tudo, muitas vezes, faz a mulher sujeitar-se às violências e abusos cometidos pelo homem. Em uma realidade de carências, às vezes, a trabalhadora somente “possui” seu companheiro e filhos. Assim, a dependência emocional também influencia a mulher a não denunciar o agressor.

Numa sociedade conservadora e de classes, são incutidos nos trabalhadores valores que sustentam as opressões: “Esse tipo de violência ainda é justificada por uma série de crenças: a idéia de que o abusador não pode se controlar, que a pessoa abusada é inferior, que a família deve manter-se unida a qualquer custo, e que as pessoas de fora não devem se envolver nas questões familiares” (FAGUNDES, Fabíola dos Santos).

A VIOLÊNCIA COMO FORMA DE PODER SOCIAL E POLÍTICO


E assim os números vão mostrando o grau de violência, de tentativa de manter-se o poder masculino, o quão a sociedade capitalista é doente e o nível de impunidade: 28,4% das mulheres assassinadas no Brasil em 2010 morreram em casa vítimas de facadas, tiros, pedradas, golpes de foice e machado. Somente na última década o número de assassinatos cresceu em 30% (Correio Brasiliense, 17/04/2011) e ainda discute-se a dificuldade em mapear a violência doméstica pelo poder público.

A Lei da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Lei Maria da Penha) oferece algumas possibilidades, porém somente após a mulher efetuar a denúncia. Mas, para que haja denúncias que possibilitem reduzir drasticamente a intensidade dos assassinatos é necessário que o governo federal, primeira mulher presidente, pare de ladainha e aplique o dinheiro público exatamente a favor de quem o produziu.

Até o presente momento podemos contar somente com 72 casas-abrigo e 466 Delegacias da Mulher em todo país (sendo que existem cerca de 5.500 municípios no Brasil).

Isso demonstra a gravidade de o governo Dilma estar comprometido com as necessidades da burguesia e não da mulher trabalhadora, que mais necessita de bons serviços públicos.

O QUE O “ALEGRE” CONSUMO DE ÁLCOOL ESCONDE


Quando se trata da violência contra a mulher, apesar de não ser possível afirmar cientificamente uma reação causal, vários estudiosos afirmam que o álcool é a substância mais ligada às mudanças de comportamento que resultam em atitudes violentas. O consumo de álcool está associado a 50% dos casos de violência doméstica, porcentagem que ainda não inclui a influência do uso de outras drogas.

Pesquisas demonstram que as agressões contra a mulher acontecem em sua maioria no espaço doméstico e que o agressor principal costuma ser em primeiro lugar o companheiro, seguido do ex-companheiro.
Para além das consequências sociais que o álcool causa, prejudiciais à vida do homem e da mulher, fica em destaque a intensificação da opressão sobre a mulher trabalhadora que convive com homens que utilizam a substância de forma abusiva, inclusive para suportarem a intensa exploração no trabalho.
As políticas públicas direcionadas ao tratamento de dependentes de álcool e drogas não dão conta de minimizar os danos. Os CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) recebem parco investimento e não são suficientes em quantidade e nem qualidade.
Sem discutirmos os incentivos que as grandes empresas do ramo, apenas dispostas a lucrar, dão para que a sociedade consuma cada vez mais, pois relacionam diretamente a bebida com bem-estar, amigos, mulheres bonitas e reforçam a ideia de um maior “status” para aqueles(as) que bebem.

A VIOLENTA MÍDIA BURGUESA QUE DISSEMINA VIOLÊNCIA


Além disso, é notável e repudiante o papel da mídia – também sob controle da burguesia possuidora de vantajosas concessões sobre as telecomunicações discutidas e aprovadas pelo Congresso Nacional Brasileiro – quanto à violência contra a mulher.
O fato mais recente e de grande repercussão foi o ocorrido no BBB/2012. Com o respaldo de grandes patrocinadores (Devassa, Fiat, Omo, Niely, etc.) a Rede Globo, que incentiva todo tipo de preconceito, tratou de uma suspeita de estupro como “caso de amor”, editou imagens e ocultou o fato para a própria vítima, desacordada no momento, pressupõe-se por uso excessivo de álcool.
Ainda nos deparamos com constantes programações televisivas que desprezam nossa inteligência, pois visualizam a mulher como objeto, renegam a mulher da classe trabalhadora e incentivam ou reforçam a violência contra a mulher.

Caso bastante frequente é do programa Zorra Total, também da poderosa emissora. Ou, como o nojento e repugnante programa “Mulheres Ricas” da Band que procurar humilhar a trabalhadora ao demonstrar o esbanjamento exorbitante de gastos com futilidades e a ociosidade da burguesia, enquanto a nossa classe é consumida pelo trabalho excessivo com altos níveis de exploração e baixos salários para sustentar esse luxo miserável.
Ou ainda, quando telejornais e a maior parte da mídia escrita omitem informações ou mentem descaradamente para poupar governos fascistas, como no caso do bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, SP, em que mães com crianças foram expulsas de suas casas, sem alimentação e infra-estrutura por acreditarem na Justiça burguesa e por sonharem com uma moradia.

A VIOLÊNCIA DO ESTADO


Além de tudo isso podemos dizer que o Brasil está retrocedendo também em relação à saúde da mulher, o que está diretamente relacionado ao nível de violência praticado pelo Estado burguês e seus meios de sustentação.
Segundo a publicação “20 anos de pesquisas sobre aborto no Brasil” e pesquisa realizada pelo InCor (USP), ambas de 2011, o aborto ilegal continua entre as principais causas de morte da mulher. A curetagem, cirurgia realizada após abortamento, teve 3,1 milhões de registros no SUS em 2010.
Esse problema de saúde pública que também é social e político tem um perfil: São mulheres com menor escolaridade e que vivem relação estável.

Enquanto isso acontece, a presidente Dilma edita a Medida Provisória 557* em 26/12/2011 para criar o Cadastro Nacional de Gestantes Brasileiras (com benefício financeiro de R$ 50,00 para auxiliar no deslocamento a serviços de saúde no período de pré-natal) colocando mulheres sob vigilância do Estado compulsoriamente.
Essa MP viola a vida privada da mulher, busca coibir e controlar o abortamento sem termos a descriminalização e a legalização do aborto no país. Também transfere várias responsabilidades para a mulher sem garantir mais vagas ou mais leitos nos hospitais a fim de possibilitar qualidade no pré-natal, na internação e no pós-parto.

Essa medida vai ao encontro do projeto que tramita no Congresso da Bolsa-estupro, que visa pagar à gestante, vítima de estupro, que não abortar, um salário mínimo até que a criança complete 18 anos. Ambas procuram dar garantia de direitos ao nascituro e não à mulher. E são contrárias à manifestação do STF (maio/2008) que considera que vida é própria de uma concreta pessoa.
O Estado brasileiro reforça assim a ofensiva da Igreja e do Vaticano sobre a opressão da mulher e vai à contramão do que vem ocorrendo na América Latina, que registra casos de descriminalização e legalização do aborto como no Uruguai, México e Colômbia.
Em contrapartida temos um déficit nacional de mais de 19,7 mil creches (www.agenciapatriciagalvao.org.br).
Essa realidade nos permite entender a dramática situação da mulher trabalhadora: Decide ter filho, vive, pára de trabalhar ou não tem com quem deixar. Resolve abortar, responde com a vida ou criminalmente.
O governo federal, os estaduais e os municipais têm responsabilidades sobre toda essa situação e não apresentam propostas de combate à violência porque estão comprometidos com mulheres e homens da classe que não trabalha e vive da exploração alheia.
O governo Dilma, em especial, por tudo que já foi citado, não deve receber dos movimentos organizados de mulheres apenas as exigências de que se cumpra um bom trabalho. Não podemos cair nessa farsa de que, sob o capitalismo, a vida da mulher trabalhadora é boa e tranquila.
Permitir essas várias formas de violência contra a mulher trabalhadora é negarmos a necessidade de transformação dessa sociedade doentia, machista, injusta e exploradora.
Os espaços de luta e poder precisam ser ocupados por mulheres e homens da classe trabalhadora que entendam a real necessidade de não nos atrelarmos ou acreditarmos nos governos da burguesia. É necessário endurecermos na denúncia do grau e dos vários tipos de violência contra a mulher trabalhadora.

A nossa luta por sobrevivência precisa, necessariamente, romper com o silêncio e criar laços de solidariedade entre nós e os demais trabalhadores.
Precisamos inverter a lógica de funcionamento da sociedade: Em vez de quem não trabalha ficar com a riqueza produzida e decidir sobre nossas vidas, nós, a classe trabalhadora, devemos assumir o controle da produção, da distribuição da riqueza, da mídia e do Estado para podermos desenvolver nossas potencialidade e criarmos um tipo de sociedade sem machismo e sem exploração.

É urgente:
– Punição aos agressores (assassinos, empresários, mídia, governos)! Políticas públicas para o combate a todo tipo de violência contra a mulher. Por casas-abrigo, delegacias da mulher, recolocação no mercado de trabalho, acompanhamento médico e psicológico, etc.!
– Por tratamento humanizado, público, de qualidade  aos trabalhadores dependentes do alcool e das drogas! Pela ampliação e por mais investimento nos CAPS!

– Não às medidas repressivas, não à internação compulsória de usuários de drogas!
– Salário igual para trabalho igual!
– Creches públicas, gratuitas e com qualidade para as crianças da classe trabalhadora!
– Legalização e descriminalização do aborto! Investimento em campanhas sistemáticas e massivas de orientação sexual, prevenção contraceptiva e prevenção à AIDS e outras DST´s nas escolas, bairros, postos de saúde, sindicatos, televisão, rádio, etc.!
– Vida, saúde e um governo da classe trabalhadora!

* No momento em que escrevíamos esse artigo, a presidente Dilma havia recuado em relação à MP 557 sob pressão de alguns movimentos de mulheres.

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Todo apoio à ocupação “Novo Pinheirinho” em Santo André

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE SANTO ANDRÉ


Você sabia que:

  • pelo CENSO de 2010 há 620 mil pessoas que moram em favelas, ou seja, 25% da região do ABC?
  • na Constituição Federal no Art. 6º diz que a moradia é um direito social, ou seja, um direito de todos?
  • no Art. 23 da Constituição Federal o Município, o Estado e o Governo Federal tem a obrigação promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico?
  • no Art. 170 a ordem econômica tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social com a função social da propriedade?
  • no estatuto da cidade a propriedade urbana também tem que cumprir a função social atendendo as necessidades de moradia para todos?
    Isso quer dizer que o poder público deveria garantir moradia para todos e todas. Só que isso não acontece, pois todos os governos priorizam o pagamento de juros abusivos da dívida (já paga várias vezes) e também sabemos que outra parte dos recursos públicos vão para a corrupção.

    Você também sabia que:

  • em Santo André é hoje uma cidade com déficit habitacional de mais de 20 mil habitantes, só perdendo pra São Bernardo na região do ABC;
    – Em 4 anos se construiu pouquíssimas casas populares na cidade e no próximo período planeja-se entregar 1.600 casas, o que não resolve nem dez por cento do problema de moradia da cidade.
    -que há muitos terrenos só para a especulação e enquanto isso milhares de pessoas não tem onde morar ou pagam aluguéis absurdos?

E que:
-a prefeitura, o governo do Estado e a presidência da república nada fazem para acabar com essa situação?

Foi contra tudo isso e para buscar um lugar para construir as suas casas, mais de 1000 famílias ocuparam um terreno que estava abandonado, cheio de mato e lixo no bairro Santa Cristina em Santo André. Desde o dia 2/03 a c idade de Santo André tem vivido uma realidade nova com o acampamento Novo Pinheirinho onde se abrigam mais de mil famílias que sobrevivem a anos sem um lar digno para morar.

O que essas pessoas estão procurando é um teto onde possam criar seus filhos com dignidade. O acampamento Novo Pinheirinho representa um grito de desespero e de indignação de milhares de famílias que já não suportam mais trabalhar a vida inteira e não ter ao menos uma casa para seus filhos viverem bem.

São pessoas que aprenderam que a união dos trabalhadores é a mais poderosa arma contra aqueles que exploram e oprimem.

Lutam para que a lei de zoneamento presente no Plano Diretor da cidade seja cumprida, pois há mais de 10 anos o terreno está sem cumprir qualquer função social. Essa área, por lei, somente as moradias populares podem ser construídas, pois ela é Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). A ocupação é para cumprir a lei. Nada mais.

JUDICIÁRIO, MAIS UMA VEZ, FICA CONTRA OS POBRES E AO LADO DOS RICOS E DOS QUE NÃO CUMPREM A LEI

Mesmo com o terreno abandonado e sem cumprir a lei, o juiz da 5ª Vara de Santo André ficou do lado do rico proprietário do terreno que o mantém lá só para especular. Mesmo sem cumprir a lei o Poder Judiciário do dia 14 de março expediu uma ordem de reintegração de posse, inclusive autorizando o uso de força policial.
Entre o direito à moradia e os ricos, mais uma vez, o juiz ficou com os ricos, pois o poder judiciário só serve para atacar os trabalhadores.
Enquanto isso os deputados do mensalão, os corruptos, os criminosos de colarinho branco, os grandes traficantes e os especuladores ficam livres.

HÁ O RISCO DE UM BANHO DE SANGUE
Todos os trabalhadores sabem como a polícia age contra os pobres e contra os que lutam contra as injustiças: com muita violência. Na desocupação do Pinheirinho o governo do Estado usou mais de 2000 soldados, tanques de guerra e helicópteros. Há várias denuncias de tortura, agressões, furtos de objetos dos moradores e até estupro praticado por policiais.
É preciso que fique claro que a responsabilidade é do juiz que deu a ordem, do governo do Estado que coloca a PM e do governo federal com a omissão, pois, poderia utilizar vários instrumentos jurídicos e políticos para garantir que as pessoas possam construir suas casas nesse local.

TEM MUITO DINHEIRO, MAS ESTÁ INDO PARA OS AGIOTAS
No orçamento do ano de 2011 o governo federal pagou mais de 700 bilhões (45% do orçamento) para os banqueiros e agiotas (dívida, juros, amortização, etc). E para a habitação foi utilizado….0,00%. Isso sem falar nas dividas dos municípios e dos estados.
Assim é possível os governos municipal, estadual e federal investir em habitação, garantindo moradia para todos e ainda sobrar dinheiro para saúde, educação e outros interesses sociais.

Entidades: Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – ABC; APEOESP/Subsede Santo André; APEOESP/Subsede São Bernardo do Campo; Espaço Socialista; Organização pelo POM; PCR; PSOL; SinSIFES/ABC; SINTRAJUD/SP; TLS
 

 

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Não à repressão na FSA: o Diretório Acadêmico é dos estudantes!

Não à repressão na FSA: o Diretório Acadêmico é dos estudantes!

Nos ultimos anos, esta Reitoria, composta por três figuras centrais, professor Oduvaldo Cacalano (“o reitor” ou o fantoche), professora Edna Mara (secretária do Reitor, mas que na verdade é  quem manda) e o professor Flávio Morgado ( aquem foi delegada a tarefa de expulsar estudantes da universidade, com uma política inflexível de cobrança de mensalidades), vem tomando medidas cada vez mais fascistas  em relação ao conjunto dos funcionários, professores e estudantes.

            Vale a pena recordar que quando derrubamos o corrupto e autoritário ex-Reitor Odair Bermelho, com o importantíssimo movimento de 2007, registrado em um belíssimo documentário1 , essa mesma quadrilha se apresentou como algo supostamente mais democrático.

Os anos se passaram. Já no começo de 2012, esse mesmo grupo escancara coisas que fazia às escondidas, violando o direito democrático na universidade, invadindo o espaço de organização de luta dos estudantes, revirando tudo, mexendo em pertences pessoais sem autorização nem conhecimento dos estudantes e modificando a estrutura física do DIRETÓRIO ACADEMICO HONESTINO GUIMARÃES (D.A.H.G). A reitoria dissemina a falácia de que sua ação era uma reivindicação histórica dos estudantes, porém, estes sequer foram minimamente consultados. Na verdade, isso só deixa mais evidente que se esta quadrilha e sua corja não respeitam a forma de organização dos estudantes em luta, respeitará menos ainda aqueles de braços cruzados.  Nem o corrupto Odair Bermelho chegou a cometer tamanha atrocidade.

  A tal reforma no espaço físico do Diretório Acadêmico Honestino Guimarães pode vir a por fim ao patrimônio histórico de luta dos estudantes, como também, arrisca a própria existência da entidade. Afinal, se a receita financeira vinha do aluguel das feirinhas e da Xerox, extintas também nesta atitude arbitrária da reitoria, como fica agora a autonomia financeira dos estudantes para lutar contra os desmandos da reitoria?

                        Manifestamos repúdio à ação da reitoria, caracterizamos sua atitude como arbitrária e como um desrespeito sem precedentes à representação estudantil. Chamamos todos os estudantes a saírem em defesa do Diretório Acadêmico, se posicionarem contra a repressão e a se colocar na luta por uma universidade que atenda aos interesses dos trabalhadores.

Não aos desmandos da reitoria!

Não à repressão aos estudantes!

Por um movimento estudantil autônomo!

 

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Manifestação contra a repressão no aniversário de São Paulo

  Na quarta-feira 25 de janeiro, aniversário da cidade de São Paulo, um conjunto de organizações da classe trabalhadora realizou uma manifestação unitária contra as políticas repressoras e de criminalização da pobreza que estão em curso na cidade, no estado e no pais. Os manifestantes apresentaram sua solidariedade aos trabalhadores barbaramente despejados pela polícia no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos, no domingo 22; e também aos moradores da favela do Moinho, em São Paulo, incendiada há algumas semanas, e ainda à população de rua vítima da ocupação policial da região da Luz, também conhecida como "cracolândia".

A manifestação chegou a reunir cerca de 2 mil trabalhadores e estudantes, e começou com um piquete em torno da catedral da Sé, onde se rezava missa pelo aniversário da cidade, com a presença do prefeito e do governador. Os representantes do Estado tiveram que sair da igreja escondidos, pela porta dos fundos, cercados pelo repúdio dos manifestantes e protegidos pela costumeira truculência da polícia. Depois da Sé, a manifestação seguiu para a sede da Prefeitura, no viaduto do chá, indo se encerrar na cracolância.

 Esses atos de violência policial, e outros que já viemos presenciando desde o ano passado (como o tratamento aos grevistas de Jirau-RO e a desocupação da reitoria da USP), não são incidentes isolados, são parte de uma política consciente do conjunto das instituições do Estado, governos municipais, estaduais, federal, judiciário, etc., com a conivência da mídia, para criminalizar a pobreza. Os pobres são tratados como bandidos pelo crime de serem pobres, numa sociedade que nunca lhes deu chance, que traz a marca de séculos de exclusão e violência contra negros, mestiços, nordestinos, pobres, confinados aos piores empregos, aos piores bairros, às piores condições de vida.

Essa política não é exclusividade de um governante ou partido, mas é uma política de Estado, ou seja, do conjunto das instituições. Essa política de “higienização” social visa construir por meio da força bruta uma imagem “para inglês ver” de um Brasil “que dá certo”, empurrando os problemas sociais seculares (desemprego, subemprego, trabalho precário, desrespeito aos direitos, falta de moradia, de saneamento básico, de transporte público, de saúde, de educação, de lazer, de cultura) para debaixo do tapete, com os cassetetes policiais como vassoura contra os pobres.

   O chamado “Estado de direito” e a “democracia” em que vivemos são fachadas à serviço de uma elite brutal e mesquinha, que não tolera a crítica e a contestação dos trabalhadores, que são aqueles que constroem toda a riqueza social e são condenados a viver com migalhas. Além dessas instituições, a classe dominante conta também com a mídia, que bombardeia diariamente os trabalhadores com o veneno da mentira, do preconceito, do egoísmo, do consumismo.

   Contra esse bombardeio é nosso dever dizer que essa sociedade de exploração, violência e mentira não nos serve! A escalada de violência social é um dos indícios de uma sociedade em crise. Pois ainda que o Brasil esteja aparentemente “descolado” da crise capitalista mundial, a burguesia brasileira busca agir “preventivamente” e reprimir a contestação antes que a classe trabalhadora de conjunto possa se organizar. É contra a violência e a miséria que defendemos a construção de uma sociedade socialista, sem exploração do homem pelo homem, e com democracia de fato!

Defendemos:

Reforma urbana já, expropriação dos imóveis ociosos, direito à moradia para todos!

Fim da violência policial! Abaixo a repressão! Pelo livre direito à manifestação!

Não à criminalização dos movimentos sociais!

Fora polícia do Pinheirinho! Fora polícia da favela do Moinho! Fora polícia da Cracolândia!

Abaixo a política de internação compulsória, por assistência real aos usuários de drogas, por uma política de redução de danos!

Liberdade para os presos políticos!

 

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