O proletariado europeu mostra o caminho
Os dados oficiais dos países europeus confirmam o que os trabalhadores já detectaram na prática há muito tempo: há uma grave crise econômica mundial.
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Os dados oficiais dos países europeus confirmam o que os trabalhadores já detectaram na prática há muito tempo: há uma grave crise econômica mundial.
Para se colocar à altura dos acontecimentos, os pólos de aglutinação da esquerda combativa – como a CONLUTAS e a INTERSINDICAL, que não capitularam aos empresários e governos – devem somar força e fazer um amplo chamado a um Encontro Nacional dos Trabalhadores, anti-governista e de luta em defesa do emprego, do salário e da moradia, contra as investidas empresariais e governamentais. Esse Encontro pode se constituir um grande fato político para a classe trabalhadora e se tornar uma referência centralizada para as lutas deste próximo período.
Propomos que esse Encontro seja precedido de Encontros Regionais, como forma de preparação e aglutinação para dar respostas aos problemas locais.
Leia maisO governo Lula preparou um presente nada agradável para os trabalhadores dos Correios, instaurando o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) sob a desculpa de “modernizar” a empresa, mas com objetivo de dar continuidade a privatização dos Correios.
Não é o primeiro projeto que aponta no sentido de privatização dos Correios. Isso vem ocorrendo desde o fim dos anos 80, quando a direção dos Correios contratou uma empresa de terceirização dos carteiros. Depois foi a concessão das franquias, e por último a terceirização da frota de veículos. Em todos os casos, as medidas consistiram em passar para a iniciativa privada serviços prestados pelos Correios, quebrando, com isso, o Monopólio Postal.
Heróicas lutas da categoria conseguiram impedir a continuidade da transferência de serviços para o setor privado. A terceirização do setor de transportes ainda não foi revertida, porque a empresa iniciou o processo em um momento de refluxo da categoria e hoje a maior parte da frota é terceirizada.
Leia maisAo longo do ano de 2008, quando a crise econômica começou a despontar nos noticiários com o nome de “crise financeira”, foram anunciados vários processos de fusão entre grandes bancos brasileiros. Uma dessas fusões, a compra do ABN/Real pelo Santander, resulta de um processo que reúne dois bancos internacionais que operam no mercado brasileiro, afetando cerca de 50 mil funcionários brasileiros que trabalham nessas instituições. O evento mais bombástico foi a fusão entre Itaú e Unibanco, 2º e 5º maiores bancos do Brasil, respectivamente, que formariam o maior conglomerado bancário brasileiro, com mais de 4.100 agências e 100 mil funcionários.
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Ao final do ano de 2008 o mundo estava entrando numa forte crise econômica. A imprensa burguesa em peso passou a falar em crise. O mito da invulnerabilidade do capitalismo caiu por terra com impressionante velocidade. Governantes do mundo inteiro fizeram reuniões, emitiram declarações com ar preocupado, anunciaram medidas de emergência, lançaram “pacotes de ajuda” de centenas de bilhões de dólares para salvar os bancos e o sistema financeiro da bancarrota. Subitamente, descobriu-se que o “livre mercado” não é capaz de regular a si mesmo e o Estado precisa intervir. Analistas passaram a falar na pior crise desde 1929, quando teve início a Grande Depressão. Surgiu a ladainha da “falta de confiança”, da “falta de regulação”, da “ganância excessiva”, etc. A crise chegou também ao senso comum. De agora em diante, na boca do povo, tudo “é culpa da crise”.