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Seminário A Educação e o Mundo Social do Trabalho


4 de setembro de 2014

542990_2617501814682_1867479326_nCompanheiros(as),

É com prazer que nós do Espaço Socialista convidamos professores(as), estudantes e demais ativistas que tenham relação com a Educação para o II Seminário do Ciclo Educação Para Além do Capital. Trata-se de uma iniciativa de fôlego e uma necessidade para qualificarmos nossa intervenção na Educação.

O Seminário será em videoconferência com os Professores Arthur Bispo e Luciano Accioly da UFAL-Alagoas, que subscrevem os textos de estudo (em anexo)

A data será 13/09 (sábado) às 14 horas – logo após, haverá uma atividade de socialização.

No ABC o endereço é Av. Coronel Alfredo Fláquer (Perimetral), 285 – 2º andar – Santo André
Haverá participação também por Maceió, Arapiraca e outras regiões

Dessa vez o Tema Será:

A Educação e o Mundo Social do Trabalho

Em momentos eleitorais, uma das funções ideológicas principais da educação torna-se mais evidente: invertendo-se a relação entre determinante e determinado, a educação é proposta como a saída para todos os problemas sociais, é transformada no apanágio, no remédio para todos os males.

Tudo passa a ser entendido como um problema de falta de formação e a educação, por sua vez, como a grande solução para tudo e a grande prioridade de todos. Assim, a crise ecológica é “resolvida” com programas de educação ambiental. A violência urbana com a educação pela paz. Mesmo aos problemas de saúde e do trânsito, cabem à escola programas de formação específicos.

Passadas as eleições, continuamos em nosso cotidiano precarizado e opressivo, com baixos salários, violência latente ou explícita, falta de condições e pressões as mais diversas, que levam ao adoecimento ou, simplesmente, o abandono da profissão docente.
E é este cotidiano que nos permite ver a educação como aquilo que ela de fato é: uma instituição social, que reflete e manifesta as contradições que atravessam a sociedade como um todo.

Em nosso primeiro seminário, pudemos caracterizar a educação como um complexo, componente do conjunto de complexos que conformam o ser social, originado do trabalho e com a função específica da reprodução social.

Na medida em que a atividade humana não é movida tão somente pelos impulsos genéticos nem pela experiência individual, mas, ao contrário, torna-se criativa e criadora de um mundo humano externo e exterior aos homens, é necessário a intervenção de uma atividade específica que permita aos homens, individualmente, se apropriarem daquilo que humanidade, histórica e coletivamente, produziu. Esta é a função mais ampla da educação.
Assim, cada sociedade necessita garantir sua reprodução, através da transmissão das técnicas necessárias à transformação da natureza (historicamente produzidas) e, também, das habilidades e comportamentos necessários aos papéis sociais existentes.

Nós educadores, portanto, devemos refletir sobre que tipo de sociedade desejamos reproduzir!
Para contribuir com esta reflexão, o Espaço Socialista dá continuidade ao seu projeto sobre a Educação Para Além do Capital, convidando todos os ativistas, professores, alunos e interessados para nosso 2º Seminário: “A Educação e o Mundo Social do Trabalho”.

Buscaremos, nesse segundo momento, caracterizar as relações contemporâneas entre a educação e o chamado “mundo do trabalho”, com o foco na especificidade do Brasil. De que modo as recentes transformações nos processos produtivos e organizacionais do trabalho impõem novas demandas à escola? Qual o papel do Brasil na mundialização do capital? De que modo a inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho se relaciona com a estrutura escolar e as políticas educacionais atuais? Como a luta socialista na educação e nas escolas pode se desenvolver nesse contexto? São algumas das questões que procuraremos debater.

Propomos o debate a partir dos artigos “A necessidade da superação da educação e da divisão do trabalho capitalista”, de Arthur Bispo dos Santos Neto, e “Educação e a questão do (sub)desenvolvimento brasileiro”, de Luciano Accioly Lemos Moreira.