1º de Maio – Espaço Socialista Alagoas – Há calmaria na Maré Alagoana?
30 de abril de 2014
HÁ CALMARIA NA MARÉ ALAGOANA?
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1º de Maio de 2014: os trabalhadores, sobretudo a juventude, não têm nada a comemorar nesta data.
Do último ano para cá, não nos faltaram evidências: manifestações se espalharam por todo o estado. Trabalhadores organizados realizaram passeatas, greves, bloqueios de avenidas, ocupações e diversos outros tipos de enfrentamentos que ecoaram na grande mídia.
Funcionários dos Correios, do transporte coletivo, da saúde pública, do setor da energia elétrica, canavieiros, professores, monitores, taxistas e agricultores sem-terra: as mais variadas categorias se mobilizaram, fecharam ruas e anunciaram paralisações.
O que essas reivindicações têm em comum? Elas expressam uma contradição central do tempo em que vivemos: a sociedade capitalista se baseia na exploração do trabalhador assalariado que, nada possuindo além da própria força-de-trabalho para vender, submete-se às vontades da classe capitalista, caso não queira morrer esfomeado.
Essa relação, no entanto, diferente do que a educação e mídia burguesas nos ensinam, serve apenas para afastar o trabalhador da fome. Do litoral ao sertão, escutamos esse grito – o sofrimento da classe trabalhadora em Alagoas se traduz nas exigências de salários atrasados (ou pelo aumento dele), por condições dignas no local de trabalho, pelo acesso ao transporte, educação e saúde: necessidades primárias, que os patrões, assim como seus governos, simplesmente ignoram.
De março deste ano para cá, vimos irromper mais duas ondas de indignação: a greve dos técnicos da Ufal, que conta com a adesão de 1.700 funcionários, seguida pela paralisação dos professores do Ifal, que interromperam as atividades em 11 campi no estado. Protestando por investimentos no setor de educação, os movimentos seguem levantando, dentre várias bandeiras, a conquista de direitos para os trabalhadores da rede de ensino.
Nossa atitude frente a essa agitada maré deve ser de pleno apoio à classe trabalhadora alagoana, pois as dificuldades enfrentadas por ela representam as angústias de todos nós: é no desprezo do trabalhador que reside o aconchego do capital!
TOTALSOLIDARIEDADE ÀS FORMAS DE RESISTÊNCIA E ENFRENTAMENTO DA CLASSE TRABALHADORA!