Todo apoio à greve dos professores!
25 de abril de 2010
Carta em apoio à greve dos professores da rede pública do Estado de São Paulo – Março 2010
A política educacional ditada pelo Governo federal e aplicadas pelo Governo estadual de São Paulo têm relegado a categoria do professorado à insegurança no emprego e ao risco inclusive de perdê-lo, com a aplicação de provas que dividem a categoria em segmentos, ditam o congelamento do salário e jogam a culpa dos problemas do ensino público nas costas do professor.
O professor eventual, estudante do ensino superior, como muitos de nós, se vê trabalhando nas precárias condições de sempre, sem garantia alguma de renda fixa, dirigindo-se por custeio próprio de escola a escola atrás de aula. É obrigado a ficar tempos trabalhando, tempos não trabalhando, pois o Estado não quer vínculo com este trabalhador, determina que se ele trabalhar 200 dias letivos depois deve ficar afastado do Estado pelos próximos 200 dias corridos.
Caminhando ao lado da destruição dos direitos do professor enquanto trabalhador, as metas do Governo rumam ao corte cada vez maior das verbas públicas destinadas à educação, propondo ações que justifiquem este baixo investimento, como o ensino à distância, a redução do quadro de professores, a redução das áreas de ensino para 4 grandes áreas do conhecimento, medidas estas que lançarão a categoria no abismo do desemprego e tornarão o ensino público de péssima qualidade, genérico, ainda mais excludente do que já é.
O salário do professor de São Paulo é um dos mais baixos dentro da categoria a nível nacional, sendo esse de aproximadamente 7 reais a hora/aula. Há aproximadamente 5 anos que a categoria de professores não recebe aumento salarial.
A questão salarial, nessa campanha é de extrema importância, entretanto, não é a determinante. O governo Serra, através da grande imprensa, diz que os resultados negativos do ensino público são de responsabilidade do professor, quando na realidade são os governos estadual e federal – Serra e Lula – os responsáveis por esse quadro tenebroso.
Em Assembléia realizada em 17/03 os estudantes da FAFIL reafirmaram seu apoio a greve dos professores, por melhores salários, por melhores condições de trabalho e por investimento público na educação pública.
A luta dos professores traz a luz uma série de perspectivas, pois se vitoriosa mostra o caminho que deve ser seguido por outros servidores do estado e do país, se derrotada imporá dificuldades as outras lutas que virão! É por isso que é importante que cada professor, ainda que seja o único em sua escola (a greve não é por escola, mas em nível de estado), participe da construção, não apenas da greve, mas da vitória que é possível alcançar.
Assim como todo professor deve participar da greve, toda a comunidade deve engajar-se nela. Cada trabalhador ou estudante pode participar, seja auxiliando os professores nas comissões de esclarecimento, seja entregando panfletos nas escolas próximas de suas residências, nas estações, no metrô em outras palavras construir a visibilidade da greve aumentando com isso as possibilidades de vitória. Uma vitória nesta greve é uma vitória da Educação Pública, para esta e para as futuras gerações.
Fazemos um apelo a todos os professores a colocar-se em movimento, participar dos comandos de greve, percorrer as escolas de sua região junto aos companheiros de categoria e construir esta greve, assim também os estudantes universitários de licenciaturas que serão futuros professores.
Convocação para as próximas atividades do Movimento de Greve:
TODOS À ASSEMBLÉIA ESTADUAL DOS PROFESSORES – 6ª FEIRA (26/04)
Assembleia Regional no Paço Municipal de Santo André: Quinta-feira – 14:00 h
HÁ OUTRAS ASSEMBLÉIAS NAS CIDADES DO ABC? DIADEMA? SÃO BERNARDO? SÃO CAETANO DO SUL?
Assembleia Estadual no Palácio do Governo: Sexta-feira – 15:00 h (Ônibus saíra às 12:30 h – Pq Celso Daniel);
Convite: ATIVIDADE NA FAFIL – Fundação Santo André
DEBATE “OS RUMOS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E OS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO”
5ª Feira, 25/03/2010, as 20horas – NO AUDITÓRIO DA FAFIL (PINICÃO)