1º Encontro Estadual dos Trabalhadores do Setor Público em São Paulo
20 de fevereiro de 2019
Ocorreu o 1º Encontro Estadual dos Trabalhadores do Setor Público em São Paulo, nesse último sábado, 16 de fevereiro.
Aproximadamente 200 trabalhadoras e trabalhadores do serviço público se reuniram, nesse Encontro, para organizar a luta contra os ataques do governo Bolsonaro.
Participaram trabalhadores de diversos serviços públicos: previdenciário, judiciário, IBGE, IBAMA, demais funcionalismo federal, Professores da rede estadual e municipal, dentre outras. Estiveram presentes 29 entidades.
Unidade para enfrentar a Reforma da Previdência
Nesse momento, a prioridade da luta é enfrentar a Reforma da Previdenciária, pois é a mais grave medida do governo contra os nossos direitos.
Um sentimento importante do Encontro foi o da necessidade da unidade. Necessidade da unidade entre todas as categorias do serviço público com a classe trabalhadora da iniciativa privada, pois todos seremos atingidos.
Essa Reforma irá mexer com nossos direitos, mas os privilegiados desse país continuarão com os privilégios. Os juízes, desembargadores, governadores, outros políticos, empresários, banqueiros, etc. continuarão ricos. A classe trabalhadora que ficará mais pobre e sem direitos. É por isso que eles defendem a Reforma da Previdência.
Organização de base para lutar
Outra questão importante debatida no Encontro foi a da necessidade de dialogarmos com as bases das categorias e com a população em geral sobre o mal que a Reforma Previdência fará e como prejudicará toda a classe trabalhadora sendo funcionário público ou de empresa, ou de comércio, ou da iniciativa privada em geral.
A importante participação no Encontro demonstrou a possibilidade de nos aproximarmos de grande quantidade de trabalhadores que procuram informações e querem lutar, mas muitas vezes não há movimento em seus sindicatos, nos locais de trabalho, nos bairros, etc.
Não podemos esperar na CUT e outras centrais, que se limitarão à “Assembleia Nacional”, dia 20, na Praça da Sé. Embora seja importante, é insuficiente por ser realizada às 10 da manhã num horário ruim para quem está trabalhando.
Precisamos avançar! A CSP CONLUTAS pode dar continuidade e convocar um Encontro Nacional (ou em cada estado) de trabalhadores e trabalhadoras para organizar e avançar nessa luta!
Nós, Espaço Socialista, entendemos a necessidade de realização de Encontros (regionais, estaduais, nacional) de trabalhadores e trabalhadoras para organizar as lutas por todo o país. Apoiamos a iniciativa de organizar o “Encontro de trabalhadores por direitos” no ABC paulista como parte dessa luta.
Os eixos construídos por consenso
O Encontro teve duas partes: Um Painel de Palestrantes, para contribuírem com a construção de nossos argumentos sobre os temas necessários para o trabalho de base. E 10 Grupos de Trabalho em que os participantes debateram suas propostas e ideias a fim de construir consensos. Em seguida as Resoluções dos Grupos foram apresentadas e aprovadas entre todos.
A realização de um Encontro em que as Resoluções sejam aprovadas por consenso tem seus limites. Entendemos que o ideal é o debate e a votação dos temas polêmicos com todos se comprometendo com o deliberado. Mas, nesse momento de fragmentação da Esquerda e desarticulação dos movimentos sociais, esse foi o possível para a construção do Encontro e para o compromisso (das diversas forças políticas) com as Resoluções.
Mesmo com limites, o Encontro foi importante e vitorioso. Esperamos nos próximos avançar e superar as limitações.
Eixos aprovados:
– Priorizar a luta pela Previdência;
– Lutar é um direito;
– Lutar pela garantia da estabilidade;
– Em defesa do serviço público gratuito e de qualidade;
– Realização de concursos públicos;
– Contra a precarização do serviço público;
– Pela saúde do trabalhador e contra o assédio moral e sexual;
– Revogação da Reforma Trabalhista, da Lei de Terceirização e da EC95.
Calendário Conjunto:
– Participar da Assembleia Nacional dos Trabalhadores dia 20/02, 10h, na Praça da Sé;
– Campanha de apoio à greve dos Servidores públicos municipais da cidade de São Paulo;
– Participar dos atos do 8 de março (8M);
– Participar do Ato em São Paulo, dia 14/03, um ano da morte de Marielle.