#Elenão, mas lutar contra todos os candidatos da burguesia!
27 de setembro de 2018
Espaço Socialista (OMR) e Movimento de Organização Socialista (MOS)
Neste sábado, 29.09, as ruas do Brasil e de partes do mundo estarão tomadas por manifestações de repúdio ao político burguês e de extrema-direita Jair Bolsonaro. O movimento que surgiu a partir da articulação de mais de 2 milhões de mulheres em um grupo no Facebook rapidamente ganhou amplo apoio social, #EleNão!
Esse protesto, é fundamental contra o avanço de ideias e ações da extrema-direita que têm se fortalecido, inclusive, durante esse processo eleitoral e necessitam ser combatidas também com ações diretas da classe trabalhadora como greves gerais, piquetes, paralisações de ruas, ocupações, etc.
O foco é #EleNão só que outros setores burgueses e de direita como Amoedo/Novo, Alckmin/PSDB, Katia Abreu/PDT, Marina Silva/Rede, Rachel Sherazade vão participar para protestar? Além destes, Haddad/PT entra na onda de indignação contra Bolsonaro e tenta se favorecer com “voto útil” à sua candidatura? Como assim, também não são o foco?
Não aceitamos que a luta seja canalizada para o processo eleitoral, para favorecer a burguesia, direita e, menos ainda, que seja base para apoio e sustentação de um próximo governo burguês que se prepara para retirar nossos direitos, seja Bolsonaro, Ciro Gomes, Haddad ou qualquer outro(a) candidato (a) que vota contra as necessidades e interesses da classe trabalhadora e que logo logo vai se unir para tentar implementar a Reforma da Previdência!
De fato, hoje Bolsonaro é o principal representante da extrema-direita, pois defende as opressões e a retirada de direitos de forma imediata e direta. Contudo os outros candidatos também defendem a intensificação do trabalho com aumento de jornada e corte de direitos (base das desigualdades sociais, pois milhões precisam trabalhar só para conseguir sobreviver), não defendem a legalização e descriminalização do aborto (cada dois dias, uma mulher morre vítima de aborto inseguro no Brasil), reprimem os movimentos sociais, são contra a reforma urbana, etc. Dentre as exceções estão apenas Vera Lúcia (PSTU) e de Guilherme Boulos (Psol)!
Dizemos: não! Estamos cansadas/os de ouvir promessas e da lógica do menos pior. Não podemos escolher por quem seremos ainda mais oprimidos, necessitamos acabar com a opressão! O voto não acaba com a opressão ou derrota o fascismo, somente a luta organizada da classe trabalhadora independente mudará os rumos!
Denunciamos Bolsonaro com todos os seus ataques contra a classe trabalhadora, candidatas/os da burguesia, da direita e da burocracia que estão tentando transformar este grande movimento em palanque eleitoral!
- Viva a luta das mulheres trabalhadoras!
- Pela legalização e descriminalização do aborto!
- Fora Bolsonaro! Fora candidaturas burguesas, machistas e burocratas!
- Não a Reforma da Previdência!
- Greve Geral contra os cortes de direitos e para enfrentar a direita!
- Auto-organização da classe trabalhadora em seus instrumentos de luta!
- Nenhuma trégua aos governos inimigos da classe trabalhadora!
- Voto crítico na esquerda socialista (PCB, PSOL e PSTU)! Marielle Franco, presente!