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Os campos de concentração na Chechênia: a violência homofóbica na sua expressão mais cruel


30 de abril de 2017

Setorial LGBT do ES

No dia 12 de abril, ficamos indignados com a triste notícia, segundo um portal de notícias da Rússia, o Novoya Gazeta, de que foi criado um campo de concentração para homossexuais na Chechênia, onde mais de 100 homens estão presos e pelo menos 3 já foram mortos. Há informações de que eles estão sendo torturados com correntes elétricas. Algumas pessoas relataram que a polícia persegue os homossexuais através de pesquisas feitas em seus celulares e em redes sociais.
O porta-voz de Kadyrov (Presidente da Chechênia), Alvi Karimov, negou tudo à Agência de Notícias Interfax afirmando que não existem homossexuais na região: “Você não pode prender ou reprimir pessoas que simplesmente não existem na República. Se essas pessoas existiam na Chechênia, a polícia não teria que se preocupar com elas, porque seus próprios parentes os teriam mandado para onde nunca poderiam retornar.”
Infelizmente a violência LGBTfóbica é algo que acompanhamos há algum tempo e sabemos que ela ocorre com muita frequência, culminando, em casos extremos, na morte de muitas pessoas que não fizeram outra coisa senão amar. Também sabemos que os conservadores usam um discurso preconceituoso e moralista para aumentar seu poder político sobre a hegemônica consciência homofóbica que ainda se mantêm nas sociedades.
Quando esse nível de violência se expressa na construção de um novo campo de concentração, algo tão horrendo que não deveríamos viver nunca mais na história da humanidade, precisamos analisar a brutal situação política e social em que vivemos atualmente.
O capital, hoje em sua fase de crise estrutural, já não encontra saídas que o façam recuperar seus lucros como num período anterior. Assim, cada vez mais, as condições de vida da classe trabalhadora se tornam mais degradantes como consequência das tentativas desesperadas de sustentação desse sistema. As opressões desenvolvidas devido à sua face patriarcal, colocam as pessoas dentro desse sistema em disputas e ataques entre si. De tal modo, intensifica-se a violência machista e lgbtfóbica.
Não podemos aceitar que esse tipo de política seja aplicada em região alguma do mundo. Razman Kadyrov é aliado de Vladimir Putin, o presidente da Rússia, também conhecido por aplicar várias medidas autoritárias contra a população LGBT.

Abaixo às medidas opressivas aplicadas pelos políticos lgbtfóbicos!
Nossa solidariedade à população LGBT da Chechênia e da Rússia!
Contra todo o sistema capitalista e patriarcal que nos impõe essa violência cotidiana!
Por uma sociedade socialista livre de todo preconceito!