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Por que o povo na rua deve ser contra o pagamento da dívida?


24 de junho de 2013

Dados da Auditoria Cidadã apontam que a soma da Dívida Interna e Externa brasileira ultrapassam a soma de mais de 3,7 trilhões de reais em 2013. Somente no ano passado a Dívida Interna cresceu R$ 288 bilhões, devido principalmente aos altíssimos juros. O total projetado para pagamento com amortização, juros e encargos da Dívida Interna e Externa equivale a 42% do orçamento do Governo Federal, enquanto que se destinara somente 4,17 com saúde, 3,4 para educação, 2,42 para trabalho; 0,05 para cultura, ou seja, 10,4 para tudo isso. O Brasil transfere então 898,8 bilhões de reais somente nesse ano, para amortização dos juros da dívida pública, esse dinheiro daria para resolver todos os problemas da educação, saúde, transporte públicos e permitiria a construção de novos hospitais público, mais escolas públicas e transportes gratuitos de qualidade para todos. O Brasil é o país que explora seus trabalhadores, inclusive a classe média, para poder sustentar os banqueiros do mundo (FMI, Banco Mundial, Citibank, Bradesco, Itaú etc.).

É preciso acabar com essa farra! 

Sem título

A Dívida monstruosa do Brasil começou com os militares (que deram um golpe em 1964) que entregaram o país ao capital estrangeiro, beneficiaram profundamente os usineiros alagoanos, que passaram de 110 mil hectares em 1964 para mais de 600 mil hectares de cana plantada em 1980. Foi com o dinheiro da dívida que eles construíram 19 destilarias anexas às usinas existentes e 09 destilarias autônomas, enquanto isso os trabalhadores foram expulsos do campo para viverem nas favelas. A suspensão da Dívida Externa e Interna permitiria hoje melhorar as condições de vida de todos os trabalhadores. Por isso que o povo brasileiro nas ruas deve exigir Suspensão imediata do pagamento da Dívida Externa!

A luta dos trabalhadores é pelo fim de sua exploração!

O que está acontecendo no Brasil é fruto de uma crise que está presente em todo o mundo: a crise do mundo que foi pensado e organizado pelas elites. Com isso, algumas lutas apareceram em cena. Primeiro contra o aumento da passagem, e agora deve ser pela educação, saúde e transportes públicos e de qualidade. A juventude que grita “eu sou brasileiro com muito orgulho” tem como intenção a demonstração de que todos querem um país diferente, mas diferente para quem? Os trabalhadores que produzem a riqueza do país não tem acesso a ela. Quantos trabalhadores constroem escolas, mas seus filhos não podem estudar? Quantos produzem carros e apartamentos luxuosos, mas não pode neles andarem nem morarem? A riqueza produzida socialmente é “transferida” para alguns poucos, como banqueiros e empresários, enquanto os trabalhadores sofrem com a falta de saúde, educação, moradia, transportes de qualidade etc.

Nós defendemos a forma de sociedade na qual os trabalhadores produzam para atender suas necessidades e não as necessidades de lucro dos capitalistas, uma sociedade onde os trabalhadores possam organizar e controlar a produção social da riqueza, e que essa riqueza seja posta nas mãos dos trabalhadores, para que eles decidam a forma de distribuí-la! Para isso, é necessário que os trabalhadores tomem as rédeas das mobilizações que acontecem por todo país e ponham-nas na direção de seu interesse por outra forma de sociedade!

Porém, os trabalhadores devem abandonar a crença que ainda depositam nos governos e na mídia! Devem superar a representação dos velhos sindicatos que sempre fazem o jogo da patronal! Os trabalhadores devem criar seus próprios instrumentos na luta por um novo mundo!

Espaço Socialista – Alagoas