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SOLIDADARIEADADE A CESARI BATISTTI


27 de abril de 2010

      Mais uma vez a burguesia tenta através do discurso da imparcialidade consolidar seus interesses de classe.  Da mesma forma que os empresários defendem a redução de direitos dos trabalhadores “para garantir o emprego”, que os grandes veículos de mídia fazem campanha pela aprovação da reforma previdenciária difundindo a idéia de que é melhor para o trabalhador demorar mais tempo para se aposentar, o órgão de cúpula do judiciário brasileiro tenta mostrar a face da imparcialidade quando está defendendo e consolidando os interesses da burguesia.

Seriamos ingênuos se esperássemos outra postura dos onze “iluminados” que formam o Supremo Tribunal Federal (STF) e que alcançam esse posto através da indicação dos donos do poder sem serem funcionários públicos, ou ainda, sem necessitar da formação em direito.

É este STF que decidiu extraditar Cesari Batistti buscando esconder atrás de variadas posições jurídicas uma decisão orientada e tomada nos bastidores, que encontra no plenário do STF a oportunidade de se travestir de decisão embasada na fantasia do direito e não na realidade do interesse de classe.

Em outra ocasião o argumento de que somos um estado republicano serviu para justificar que na Constituição brasileira estava a garantia irrevogável de asilo a perseguidos políticos e dessa forma os defensores da justiça burguesa asseguraram uma velhice tranqüila para o ex-ditador do Paraguai acusado de permitir diversas violações aos direitos humanos como tortura, perseguições e desaparecimento de militantes políticos daquele país. 

O processo na Itália, os pedidos de extradição pelo Governo do ultra-reacionário Berlusconi e a decisão do STF são manifestações políticas de uma classe que busca criminalizar os movimentos sociais e os lutadores da classe trabalhadora. Qualquer ação realizada em nome da classe trabalhadora somente pode ser julgada por nossa classe. Os donos das fábricas, das terras, dos bancos e todos aqueles que vivem da exploração da classe trabalhadora, bem como seus representantes nas diversas instâncias do Estado burguês, não possuem a menor sombra de legitimidade para julgar os atos praticados em defesa da única classe que com seu trabalho transforma a natureza em riqueza.

LIBERDADE A bATISTTI E A TODOS OS LUTADORES DO POVO.