Governo Lula quer privatizar os Correios
8 de fevereiro de 2009
O governo Lula preparou um presente nada agradável para os trabalhadores dos Correios, instaurando o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) sob a desculpa de “modernizar” a empresa, mas com objetivo de dar continuidade a privatização dos Correios.
Não é o primeiro projeto que aponta no sentido de privatização dos Correios. Isso vem ocorrendo desde o fim dos anos 80, quando a direção dos Correios contratou uma empresa de terceirização dos carteiros. Depois foi a concessão das franquias, e por último a terceirização da frota de veículos. Em todos os casos, as medidas consistiram em passar para a iniciativa privada serviços prestados pelos Correios, quebrando, com isso, o Monopólio Postal.
Heróicas lutas da categoria conseguiram impedir a continuidade da transferência de serviços para o setor privado. A terceirização do setor de transportes ainda não foi revertida, porque a empresa iniciou o processo em um momento de refluxo da categoria e hoje a maior parte da frota é terceirizada.
O grave de tudo isso é que esse processo conta com a conivência da governista FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios) e dos sindicatos dirigidos pela CUT ou pela CTB. As últimas lutas da categoria já tinham se deparado com a necessidade de, além de enfrentar a direção da empresa e o governo, também lutar contra a direção do sindicato e da Federação, que vivem para sabotar a luta dos ecetistas.
Para o próximo período, está colocado o desafio de sairmos à luta contra a privatização dos Correios, e isso significa que nossa luta vai ter que ter quantidade e também qualidade.
É preciso, desde já, organizar uma ampla campanha de defesa do caráter público e estatal dos correios. Para nós, é fundamental que essa luta coloque no horizonte a necessidade de que os Correios fiquem sob controle dos trabalhadores, única forma de garantir o caráter público da empresa e estar à serviço dos trabalhadores.
A CONLUTAS realizou um seminário dia 17 e 18 de Janeiro último, onde reuniu lutadores de vários setores da grande São Paulo, do estado e também de outros estados. Para não decidir de cima pra baixo, ficou acertado que serão feitas reuniões com a base nos setores para discutirmos formas de lutas para barrarmos esse processo.
Para avançar nessa campanha propomos as seguintes medidas: Promover reuniões com a base nos setores, convocar encontros regionais e estaduais de base preparando para um grande encontro nacional de base para que possamos reorganizar a categoria.