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10 de agosto: Dia de Paralisações e Manifestações!


3 de agosto de 2018

A crise econômica se intensifica e as desigualdades continuam: ricos ganhando cada vez mais e a classe trabalhadora e o povo pobre pagando pela crise com a perda e a ameaça de retirada de direitos como a aposentadoria, os direitos trabalhistas, a educação pública e gratuita, dentre outros.

Essa situação só pode ser revertida com luta e organização. O Dia do Basta em 10 de agosto, um Dia Nacional de Paralisações e Manifestações em defesa do emprego, da aposentadoria, dos direitos trabalhistas e contra todos os ataques dos patrões e dos governos é importante nesse sentido. Ainda que esse dia esteja muito longe do necessário para enfrentar todos esses ataques, é muito importante fortalecê-lo.

Sabemos que as experiências do ano passado, como a Greve Geral de 28 de abril e a Marcha Nacional que ocupou Brasília em 24 de maio, foram fundamentais para pressionar o governo e os parlamentares para não aprovarem a reforma da previdência. O dia 10 de agosto também é importante como parte do acúmulo de forças para continuar o enfrentamento às pretensões da burguesia em retomar a aprovação da reforma da previdência logo após o processo eleitoral, além dos demais ataques em andamento.

As centrais sindicais não podem desviar as nossas lutas para as eleições

Mesmo participando e defendendo o fortalecimento do Dia de Paralisações e Manifestações em 10 de agosto, sabemos que não podemos confiar nas direções das centrais sindicais. Algumas defendem medidas como a terceirização e a reforma trabalhista, outras querem negociar (e reformar) a reforma trabalhista e não derrotá-la de uma vez por todas e ainda tem as pretensões eleitorais dos partidos que dirigem essas centrais, como a CUT, a CTB e a Força Sindical.

Não é coincidência que marcaram a mobilização exatamente no período de registros de candidaturas (que acaba no dia 10 de agosto) porque é questão de maior interesse para a CUT, já que Lula é o seu candidato e ainda brigam para validar sua candidatura, inclusive, tentando utilizar o movimento dos trabalhadores em defesa dos seus interesses eleitorais.

Sabemos que qualquer candidato dos partidos burgueses que for eleito aplicará a agenda dos empresários e banqueiros de retirada dos nossos direitos. Ao desviar a luta da classe trabalhadora para as eleições, as centrais traem quem dizem representar. É preciso denunciar todos os setores burocráticos que buscam desviar as lutas para o processo eleitoral burguês.

Confiar somente nas nossas próprias forças

A ideia das centrais sindicais é apenas criar um dia de manifestações pontuais que não afete, de fato, os planos dos patrões e do governo. Querem apenas demonstrar que podem mobilizar algumas categorias, mas nós não podemos ser massa de manobra das centrais que vendem os nossos direitos.

Precisamos construir a nossa própria agenda e confiar somente nas nossas próprias forças, ou seja, devemos assumir a construção das lutas como uma tarefa da classe trabalhadora e não dos dirigentes sindicais supostamente representantes dos trabalhadores, mas que na prática trocam os nossos direitos por privilégios.

A unidade da esquerda socialista precisa ser construída nas lutas! Por isso é fundamental a unidade de todos os setores dispostos a levar essa luta adiante e a construir na base uma alternativa política da classe trabalhadora.

Esses dias de luta e de paralisação nacional, apesar de serem insuficientes para barrar os ataques – o que exigiria um grau de enfrentamento muito grande -, são fundamentais para o acúmulo de forças necessário para o próximo período em que a burguesia virá com ainda mais força para cima dos trabalhadores e da juventude.

Nesse sentido, é imprescindível que a esquerda socialista que não negocia os direitos da classe trabalhadora agite e organize a Paralisação Nacional no Dia 10 de agosto, falando para os trabalhadores e para a juventude que se não lutarmos nossos direitos vão para o beleléu, denunciando o governo e a burocracia, participando dos atos sem ilusões com a democracia dos ricos e defendendo as reivindicações próprias da classe trabalhadora.

  • Pela revogação da reforma trabalhista
  • Pelo fim da emenda inconstitucional de limitação dos gastos públicos
  • Abaixo a Base Nacional Incomum Curricular!
  • Não aos cortes na educação pública
  • Pelo arquivamento imediato da reforma da previdência!
  • Contra o desemprego e as demissões: redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, até que haja emprego para todos
  • Não a criminalização das lutas! Liberdade aos presos políticos!
  • Contra as privatizações e as terceirizações
  • Para mudar a vida: não pagar a dívida aos banqueiros
  • Por um governo revolucionários dos trabalhadores