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GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS – NENHUMA CONFIANÇA NO TST E NEM NO GOVERNO! FORTALECER A GREVE!


25 de setembro de 2012

GREVE DOS TRABALHADORES DOS CORREIOS

NENHUMA CONFIANÇA NO TST E NEM NO GOVERNO!
FORTALECER A GREVE!

A direção do sindicato apostou na negociação com a empresa e com o governo Dilma/PT (apoiado pelo PC do B)e não prepararou a categoria para uma greve dura.
A ilusão é tanta que dizia para a categoria que a greve duraria no máximo quatro dias. Após 9 dias, o sindicato mostra desespero, porque a empresa e o governo estão endurecendo, se recusando até a aceitar a proposta –rebaixada- do TST. Nós pensamos o contrário: não dá para confiar nesse governo e nem na empresa.
Só a nossa luta pode arrancar um acordo decente. Acreditamos na força da categoria. Tudo que temos de salário e benefício vieram das lutas travadas. Só a nossa luta vai fazer o governo e a empresa recuarem outra vez. 

A EMPRESA TEM DINHEIRO PARA O NOSSO AUMENTO?

Dizemos com todas as letras: a empresa e o governo tem dinheiro e pode conceder o aumento. Em 2011, o lucro dos correios foi de 883 milhões e em 2012 será quase R$ 1 bilhão. É que querem utilizar esse dinheiro para aumentar o superávit primário, utilizado para pagar a divida fraudulenta, paga várias vezes, mas não para de crescer.
No orçamento do próximo ano, 42%, vão para o pagamento da dívida pública brasileira. Serão 900 bilhões para os banqueiros. Já para a educação serão R$ 71,7 bilhões, para a saúde R$ 87,7 bilhões e para a reforma agrária 5 bilhões (dados da Auditoria Cidadã da Dívida). É por isso que não querem dar o nosso aumento.
Sustentam banqueiros e agiotas às custas do sofrimento dos trabalhadores.

É PRECISO MANTER A CATEGORIA INFORMADA

Outra questão importante nós é a necessidade de o sindicato manter a categoria informada de tudo que está acontecendo, não abandonar os setores (há lugares em que por dois dias não apareceu nenhum diretor, deixando piqueteiros valorosos desorientados). Outros exemplos de desinformação: a cláusula 11 foi de fato retirada ou não? O que significa mesas temáticas para discutir saúde, segurança e outros temas?

O RUIM E O MENOS PIOR

Mesmo com uma pauta rebaixada dos sindicatos associados de R$ 200,00 linear (a da FENTECT é aumento linear de R$ 400,00), a direção do sindicato já indicou aceitar a proposta do TST de R$ 80,00, longe da proposta de R$ 200,00. Mas, a direção do sindicato classifica a proposta como sendo um “avanço” e o pior é que nem essa proposta rebaixada foi aceita pelo governo Dilma/PT e pela empresa.
O nosso salário é o pior que existe no funcionalismo público e mesmo com aumento de 50% o salário base ficaria em torno de R$ 1.350,00, pouco mais da metade do salario mínimo do DIEESE que é de R$ 2520,00.
E como se não bastasse, a empresa ainda quer mudar o perfil do nosso convênio, impondo restrições de atendimento e de dependentes. Todos sabemos da importância do convênio, pois, pelas condições de trabalho e os riscos que corremos, é necessário ter um convênio decente. Também é importante manter o padrão dos dependentes.

COM LUTA PODEMOS DERROTAR O GOVERNO E A EMPRESA

A direção do nosso sindicato já demontrou que não acredita na força de nossa luta. Por isso apostaram na negociação com Dilma/PT ou no julgamento do TST.
Mas se deram mal. E agora?
Por isso estamos defendendo que é preciso adotar medidas para fortalecer a greve, como a constituição de comandos de greve para parar onde a greve não cresceu, assembleias em locais mais acessíveis a todos os trabalhadores da categoria e acima de tudo buscar o apoio da população para a nossa greve.

DEMOCRATIZAR AS ASSEMBLEIAS E ORGANIZAR COMANDOS DE GREVE JÁ!

Para fortalecer a nossa greve, a democracia é fundamental. Não dá para a direção do sindicato empurrar goela abaixo que somente eles podem falar nas assembleias.
Essa forma de condução tem o objetivo de desmotivar a construção da greve pela base. É a democracia dos trabalhadores.
Como não podemos ficar nas mãos da justiça ou da “boa vontade” do governo e da empresa fazemos o chamado a todos para organizarmos um forte comando de greve para preparar a greve, fazer a avaliação do movimento e também nos organizarmos para as assembleias. Esse comando deve funcionar com o máximo de democracia, com direito à palavra para todos os companheiros e decidir pela votação livre, juntos decidindo os melhores encaminhamentos para nossa greve.
Medidas fundamentais para o fortalecimento da greve e garantia da nossa vitória.
Na região do ABC estão disponíveis as subsedes da APEOESP de Santo André e de São Bernardo. E também tem a subsede do sindicato em santo André. Em São Paulo são vários os espaços que podem ser utilizados para reuniões de comando.
São contra essa proposta porque temem perder o controle da greve. Mas, a greve é da categria e não de um grupo político. Não podemos aceitar isso. Se quer organizar seu setor, entre em contato conosco.

POR QUE NÃO PODEMOS RECUAR?

A direção do sindicato aposta no esvaziamento da greve para aceitar qualquer proposta que vier. Nós, ao contrário, defendemos que a greve deve ser fortalecida, radicalizando as ações de luta. Recuar agora significa aceitar a proposta da empresa.
O que faz com que a diretoria do sindicato não queira radicalizar é para não atrapalhar os candidatos governistas do PT e do PC do B nestas eleições. Estão mais interessados em eleger esses candidatos do que fazer com que a greve seja vitoriosa.