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Petroleiros iniciam a mais forte greve dos últimos 20 anos


6 de novembro de 2015

Enquanto escrevemos essa nota, todas as bases da Petrobrás no país estão em greve. As assembleias que voltaram a ter boas discussões políticas contam com novos ativistas que se unem em piquetes com velhos lutadores.

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Há um enfrentamento ao governo, aos acionistas milionários da empresa e às grandes empreiteiras (que ganham com a terceirização) que interessados em mais lucros estão unidos atacando os direitos e o salário dos trabalhadores.

 

Mas, enfrentam, principalmente, o aprofundamento da privatização em andamento com a venda dos ativos da empresa, que representa a entrega do patrimônio nacional aos capitalistas privados.

 

Essa luta deve ser também de toda a população, pois além da venda das riquezas naturais do país isso representa, cada vez, o aumento de preços dos combustíveis, gás de cozinha e de todos os demais derivados de petróleo.

 

Também as centrais sindicais devem unificar todas as categorias em torno dessa bandeira para construirmos uma paralisação geral.

 

Com tudo isso, essa greve é fundamental para a luta de classes no país. Uma greve vitoriosa certamente dará forças para a classe de conjunto. Uma greve derrotada fortalecerá os nossos inimigos.

 

Há 20 anos, os petroleiros enfrentavam o projeto privatista do PSDB e hoje enfrentam o projeto privatista do PT (chamado de Venda de Ativos) e as propostas de retirada de direitos que a empresa tenta impor.

 

Na greve de 1995 a empresa e o governo FHC conseguiram derrotar o movimento, demitiu ativistas e abriu um período de refluxo do movimento de trabalhadores/as. Esse é o objetivo de Dilma e da direção da Petrobrás.

 

Para o Acordo Coletivo a Petrobrás quer que trabalhadores/as paguem pela corrupção que envolve a diretoria da empresa, políticos e empresários. Além de apresentar um duro ataque a diversos direitos pretende também modificar várias partes da redação do Acordo Coletivo anterior para piorar as condições de trabalho e apresenta um reajuste salarial abaixo da inflação. Isso num cenário em que, em Março, a diretoria aumentou sua própria remuneração em 13%.

 

Por tudo isso é fundamental a solidariedade de todos os trabalhadores e de suas entidades com ações concretas de apoio para fortalecer a disposição e a força de petroleiros/as e possibilitar a vitória dessa greve.

 

Precisamos das várias formas de apoio e atividades de solidariedade: atos de apoio, moções, ações nas redes sociais, participação nas assembleias da categoria, materiais (cartazes, panfletos, etc.) com a divulgação da greve. Enfim, toda e qualquer ação que ajudem a fortalecer a greve de trabalhadores/as da Petrobrás serão importantes.

 

Algumas das Reivindicações de petroleiros/as:

  • Fim dos leilões de poços de petróleo, retomada do monopólio estatal de petróleo! Reestatização integral da Petrobrás, sob controle dos trabalhadores!
  • Pela suspensão imediata da venda de ativos;
  • Nenhum corte de direitos no Acordo Coletivo e por condições de trabalho;
  • Prisão dos envolvidos na corrupção, expropriação de seus bens para que todo o valor seja devolvido à sociedade e à Petrobrás;
  • Reajuste no salário básico com ganho real;
  • Incorporação da RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime);
  • Primeirização do Benefício Farmácia e fim da terceirização;
  • Recomposição do efetivo e primeirização com o fim da terceirização;
  • Contra as várias perseguições e assédio moral;
  • Fim das horas extras para o Grupo de Contingência;
  • Redução do abono gerencial e dos altos salários dos cargos de direção;
  • Redução do número de gerentes.