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Pela readmissão imediata dos 42 metroviários demitidos!


25 de junho de 2014

 

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A greve dos Metroviários de São Paulo, a poucos dias da abertura da Copa do Mundo, colocou-se no centro do cenário político nacional. Essa greve era a principal expressão das lutas que vinham se desenvolvendo há bastante tempo no país, tendo como um dos seus eixos principais justamente o questionamento dos gastos com a Copa, que contrastam com o sucateamento dos serviços
públicos, entre os quais o do transporte.

Na mesa de negociações os Metroviários apresentaram uma proposta de reajuste, que não foi aceita pelo governo do estado, proprietário do Metrô. O TRT interveio e para mediar a negociação apresentou uma proposta, a qual foi aceita pelos trabalhadores. Mas, Geraldo Alckmin recusou também a proposta do TRT, mostrando que a sua intenção não era concluir a negociação e sim acirrar o conflito. Para evitar a greve, os Metroviários apresentaram também a proposta de trabalhar de graça com catracas liberadas, para não prejudicar a população. Essa proposta também não foi aceita.

Os Metroviários recorreram então ao seu direito legítimo de greve, enfrentando não apenas o governo do estado e o judiciário, mas também o conjunto da mídia, que quis jogar a população contra os trabalhadores, atacando o direito de greve. A polícia agiu mais diretamente, dispersando a manifestação dos trabalhadores em greve por meio da violência.

E para completar os ataques, o governo do PSDB, demitiu 42 trabalhadores, sob a alegação de atos de vandalismo. Essas acusações não foram comprovadas por nenhuma filmagem ou qualquer outro tipo de evidência, e ninguém se deu ao trabalho de checar essas acusações. As demissões atingiram parte da vanguarda da categoria, os trabalhadores que estavam na linha de frente da mobilização. São completamente ilegais, seu único objetivo é político.

Essas demissões não podem passar! Trata-se de um puro atentado ao direito de greve e à organização dos trabalhadores! O Estado e os patrões tentam reagir contra a onda de greves, lutas e mobilizações por meio de uma repressão feroz, com agressões policiais, condenações judiciais, perseguições e demissões.

Precisamos nos mobilizar contra essas demissões, pois esse ataque está dirigido contra todos os trabalhadores que quiserem exercer o seu direito de fazer greve. A reintegração dos 42 demitidos do Metrô deve estar no centro das lutas dos trabalhadores de todas as categorias.

Reintegração imediata dos 42 demitidos do Metrô!

Abaixo a repressão! Pelo direito de greve! Pela livre organização dos trabalhadores!

Espaço Socialista, Junho 2014